terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Alô!

_ Alô!
_ Alô...
_ Gostaria de falar com o 2009...
_ Ele deu uma saidinha, gostaria de deixar recado?
_ Quero...
_ Então diz que vou anotar...
_ Olha... fala pra ele que estamos ansiosos por sua chegada e que gostaríamos de fazer algumas encomendas...
_ Pode contiuar...
_ Você sabe me dizer se ele vai trazer muito amor...?
_ Parece que ele tá com uma sacolada aqui...
_ Nossa! Estamos precisando viu... e paz? Paz você sabe se ele vai trazer?
_ Não... paz ele não leva...
_ Por quê?
_ Paz dependa da vontade dos homens, você sabe né, livre arbítrio...
_ Hum!! Sei... Mas então me diz: felicidade e saúde, ele vai trazer, diz pra trazer muita...
_ Isso ele semrpe leva de montão, mas estou anotando aqui pra ele não esquecer...
_ Ah! Obrigado...Olha mas tem algumas coisas que ele não preciasa trazer viu, anote aí...
_ Então diz:
_ Guerra, isso não vium já tem muita por aqui, doenças também não, olha se eu for enumerar essa ligação vai ficar cara...
_ Pode deixar que vou tirar da mala dele essas coisas ruins...
_ Nossa! Nem sei como te agradecer... Desde já muito obrigado viu...
_ De nada, mas me diga, quem é você mesmo?
_ Eu sou o 2008 e não queria ir embora sem me certificar que o 2009 vai fazer melhor que eu... Abraços.

Reflexões de Fim de Ano

POR QUE OLHAR O PASSADO COMO UMA TORTURA?
PORQUE VER A VIDA COMO UMA TORMENTA?
A VIDA É UM CAMPO DE LUZ E NÃO UMA ESTRADA ESCURA
ESTE CAMINHO SÓ É DIFÍCIL PARA QUEM LAMENTA...

ENQUANTO VOCÊ FICA SOB O MANTO DA LAMENTAÇÃO
ENQUANTO ESTAMOS DESCRENTES COM AS DIFICULDADES
ATRASAMOS NOSSA VIDA E NOSSO PROCESSO DE EVOLUÇÃO
DESTA FORMA, TAMBÉM FICAMOS A PARTE DE UMA MUNDO DE FELICIDADES

SOMOS SERES DE LUZ, NASCIDOS PARA AMAR
SOMOS SERES CAPAZES DE TUDO, INLUSIVE DE PERDOAR.
CONSTRUÍMOS NOSSAS RIQUEZAS NOS ALICERCES DO AMOR
ACABAMOS COM NOSSAS FRAQUEZAS E COM A DOR.

SEREMOS FELIZES SE APRENDERMOS A PERDOAR
SEREMOS INFELIZES SE NÃO APRENDERMOS O SENTIDO DO PERDÃO
ESTAMOS EVOLUINDO NA RAZÃO DO QUE APRENDEMOS A AMAR
CRESCEMOS PARA ALCANÇAR A LUZ DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Depoimento

Hoje fiquei pensando, fazendo uma reflexão sobre a minha vida e cheguei a uma conclusão óbvia. Eu amo meus filhos. Não sei pensar a vida sem eles. Minhas alegrias e até minhas tristesas não teriam razão de ser sem eles. É realmente uma dádiva Divina poder compartilhar minha passagem por este mundo com duas criaturas maravilhosas (todos os filhos são marivilhosos para os pais) como eles. Não me canso de dizer a eles "eu te amo", de partilhar a companhia deles e sentir o seu cheiro que para mim, até hoje tem cheiro de neném. Eu só quero ter o prazer de dizer sempre "eu te amo", até que o último suspiro saia de mim. FILHOS, EU AMO VOCÊS.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sentimento

sentimento (in: Dic. Aurélio)
[De sentir + -mento.]
Substantivo masculino.
1.Ato ou efeito de sentir(-se).
2.Capacidade para sentir; sensibilidade:
sentimento artístico.
3.Faculdade de conhecer, perceber, apreciar; percepção, noção, senso:
sentimento do dever, das conveniências;
Tem o sentimento de sua fraqueza.
4.Disposição afetiva em relação a coisas de ordem moral ou intelectual:
sentimento religioso;
sentimento patriótico;
sentimento de admiração.
5.Afeto, afeição, amor:
Grande é o seu sentimento pelo tio.
6.Entusiasmo, emoção; alma:
cantar com sentimento.
7.Pesar, tristeza, desgosto, mágoa.
8.Palpite, pressentimento. ~ V. sentimentos.

Estamos sempre carregados de sentimentos. Dos mais diversos, de todas as formas e, ao contrário de Karl Marx, entendo que o mundo é movido por eles, claro que não podemos esquecer o "capital", mas os sentimentos movem os seres humanos, e nem sempre bons sentimentos, como disse, estamos carregados de todo tipo de sentimento, eles nos constroem e desconstroem a todo momento e permeiam nosso dia-a-dia, invariavelmente estamos (e se não estivéssemos estaríamos mortos) carregados por eles. Benditos sentimentos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dificuldades de "Ensinagem"

Se a economia vai mal, culpamos os especuladores internacionais; se nossa vida pessoal vai mal culpamos nosso companheiro, afinal temos que responsabilizar alguém; se os políticos não fazem a parte deles, culpamos o governo (quem vota somos nós); enfim, temos sempre que culpar alguém pelos "nossos" problemas, pelas nossas mazelas. No que a educação não é diferente, só que nesse caso culpamos as crianças, as vezes de 7 ou 8 anos, ou um pouco mais. Eles são os nossos "bodes espiatórios", carregam consigo o peso de nossa irresponsabilidade, de nosso descompromisso com a educação e com nossa clientela (os alunos). Como proceder para dirimir uma dúvida que pode pairar sob a cabeça daqueles que devem estar comprometidos com o futuro - não das crianças - mas do país. É necessário uma profunda reflexão acerca de nossa prática pedagógica, são os alunos ou somos nós que estamos desmotivados. A grande verdade é que fica mais fácil culpar os outros pelos nossos fracassos, são as crianças e não nós os responsáveis pelo insucesso da educação, "eles" é que possuem "dificuldades de aprendizagem", não prestam atenção, são desmotivados, indisciplinados, enfim, incapazes de aprender e nós, pessoas perfeitas, acima do bem e do mal, acima da insignificância desses seres descompromissados com o próprio futuro. Meu Deus! Será este o pensamento de nossos educadores (professores). Precisamos construir uma nova realidade nas escolas do país. Nesta nova realidade não cabe a inércia pedagógica que vivemos hoje, pessoas acomodadas vendo o mundo passar e junto a vida que ao invés de esperança nos trás a realidade, na maioria das vezes gélida, pálida e cruel.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Carta ao Cristovam (Senador)...

Senhor Senador, V. Excelência como ícone de defesa da educação nesta Casa de Leis é a pessoa indicada para a "defesa" dessa classe – professores – que ainda busca uma identidade profissional neste país. Vejo, isolado aqui em minha bucólica cidade, que só existe um caminho a ser traçado para que esta classe seja respeitada e ganhe o valor e o respeito que merece. Não falo dos grandes educadores como V. Excelência, mas dos “humildes” educadores esquecidos pelo interior do país, pois pessoas notórias como (repetindo) V. Excelência não precisa de defesa, seus atos, suas ações, sua relevância dentro do processo educacional brasileiro, por si só, são suficientes para que não precise de “algo mais” para ser reconhecido. Contudo, a grande maioria (milhões) que fazem um trabalho de grande valor para a construção do Brasil, estão no limbo espacial dos que serão sempre “mais um” na história desse país. Não falo nem de salários, ou de condições necessárias para o exercício do trabalho, pois isso não se discute, ambos carecem de apoio maior dos órgãos governamentais e do Congresso Nacional. O caminho de que falo é o da criação do CFEd - Conselho Federal de Educadores – como uma entidade que representará toda a classe em todo o país, com suas sub-sedes em cada estado. Penso eu, cá em minha ignorância, que uma entidade com o porte desta poderá lutar para que a classe e o processo educacional sejam levados a sério no Brasil. Penso, inclusive, que isso nunca aconteceu porque não há interesse de governos na criação de uma entidade tão representativa de uma classe em que farão parte milhões de trabalhadores. Seria então uma entidade com poder de decisão, com o poder de cobrar, de exigir mediante o interesse de seus associados, além disso, evitaria que “gatos” aparecessem em salas de aula visando apenas uns trocados no final do mês. Chega de “professores”, queremos EDUCADORES nas salas de aula, pois só assim começaremos, de fato, a mudar os rumos da educação nesse país, e, assim, mudar o próprio país.

domingo, 30 de novembro de 2008

Internt II

Apesar de todos os avanços que a tecnologia tem nos trazido ainda vemos pessoas céticas quanto aos benefícios da tecnologia e da internet mais especificamente. Ao culparmos a tecnologia e seus avanços pelo aumento da violência ou qualquer outra coisa, estamos assumindo a nossa culpa pela "inércia" pedagógica e psicológica em que abandonamos nossas crianças, em que entregamos as escolas e deixamos que nossa incapacidade de lidar com a novidade, com a diferença, funcione como obstáculo a inteligência. Claro que o uso da internet, do celular, enfim, das novas tecnologias também pode provocar estragos, mas os avanços propiciados são muito superiores aos estragos que porventura ocorram. (continua)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Internet I

O mundo não é mais o mesmo. Se não me cuidar vou ficar velho antes da hora. Meu filho e minha filha poderão me surpreender com palavras, expressões e "jargões" que eu desconheço. Tudo isso porque existe um "universo paralelo" chamado "internet" que traz uma nova interepretação da vida e das relações humanas. Há quem veja nesse universo paralelo um grande mal. Mas também há quem veja um grande bem. A internet é como a televisão, não se manifesta sem que alguém (um ser humano) haja de forma a fazer com que "ela" responda de alguma forma. É impossível hoje pensar a vida sem esta grande teia, sem esta rede que liga mais que pessoas, liga idéias, liga sentimentos e liga universos, pois apesar de estarmos todos em um planeta chamado Terra, vivemos as vezes em universos diferentes. (continua...)

domingo, 16 de novembro de 2008

A avaliação

A avaliação vem se tornando um tema recorrente na educação brasileira com
vistas à melhoria da qualidade dos serviços prestados por escolas e universidades. A
nova LDB deu-lhe grande destaque. Em geral ela não é mais vista como instrumento de
controle burocrático. Mesmo assim, ela encontra resistências e não se constitui numa
prática constante.
Avaliar é um ato que exercemos constantemente no nosso cotidiano. Toda vez
que precisamos tomar alguma decisão avaliamos prós e contras. Quando avaliamos
processos, atos, coisas, pessoas, instituições ou o rendimento de um aluno, estamos
atribuindo valores. Podemos fazê-lo através de um diálogo construtivo ou, ao contrário,transformar a avaliação num momento autoritário e repressivo. Esta ou aquela opção dependerá da nossa concepção educacional e dos objetivos que desejamos atingir.
A avaliação da aprendizagem não pode ser separada de uma necessária
avaliação institucional, mesmo que elas sejam de natureza diferente: enquanto esta diz respeito à instituição, aquela refere-se mais especificamente ao rendimento escolar do aluno. São distintas, mas inseparáveis. O rendimento do aluno depende muito das condições institucionais e do projeto político-pedagógico da escola. Em ambos os casos a avaliação, numa perspectiva dialógica (ROMÃO, 1998), destina-se à emancipação das pessoas e não à sua punição, à inclusão e não à exclusão ou, como diz Cipriano C. Luckesi (1998:180) “à melhoria do ciclo de vida”. Por isso, o ato de avaliar é, por si, “um ato amoroso” (Idem, ibidem).

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

QUANDO EU ACORDAR

O SOL NÃO MAIS BRILHARÁ
AS ESTRELAS NÃO APARECERÃO
O SENTIMENTO SERÁ EM VÃO
E A MORTE HÁ DE CHEGAR

O MUNDO NÃO SERÁ MAIS UM PARAÍSO
A FACE FICARÁ TRISTE
PORQUE O AMOR NÃO MAIS EXISTE
E TRISTE VAI EMBORA O SORRISO

QUANDO EU ACORDAR E NÃO TE VER
SERÁ ESTE MEU SENTIMENTO
SENTIMENTO DE SOFRER

MAS QUANDO VOLTAR (SE VOLTAR)
ACABANDO COM O MEU SOFRIMENTO
eu não vou mais chorar (quando você voltar)

sábado, 8 de novembro de 2008

Fora do ar...

Aproveitei esse tempo fora do ar para fazer algumas reflexões sobre a vida, sobre o Brasil, sobre o mundo e sobre o meu cachorro. Sobre a vida cheguei a conclusão que não adianta termos pressa, apesar da morte certa, as coisas somente acontecem quando elas realmente tem que acontecer, não dá para atropelar os acontecimentos, não dá para fazer o janeiro chegar antes do dezembro. então, o melhor a fazer é viver intensamente cada dia e deixar o tempo passar. Sobre o Brasil penso que ele só existe a partir do momento em que nós o descobrimos, assim como Cabral, nós temos que descobrir o Brasil a cada 22 de abril de todos os anos. Por que isso? porque a cada ano ele é reinventado por nossos políticos aloprados, cujo interesse não sai de suas cozinhas (governo e oposição), não sai do pequeno e fútil jogo de manobras em que bom ou ruim depende do seu lado (político), então, se quisermos fazer política com honestidade, com seriedade, melhor arrumar um modo virtual, com políticos virtuais, porque os de verdade "não existem". Sobre o mundo descobri que ele é realmente pequeno, mínimo. E hoje em dia o financiamento não pago nos EUA faz com que meu computador fique mais caro aqui no Brasil, descobri que meus problemas também estão globalizados, mesmo aqui no "fim do mundo" (eu adoro esse fim de mundo), não saimos ilesos das irresponsabilidades de governos, investidores, empresários irresponsáveis de Wall Street e de falastrões pseudo importantes que apregoam o fim do mundo (econômico). Ou seja, posso dormir bem (financeiramente) e acordar sem dinheiro pro aluguel no outro dia porque alguém do outro lado do mundo não pagou suas contas. Sobre o meu cachorro eu descobri que ele é marrom, mas isso eu vou comentar só com a minha mulher, afinal, quem vai se interessar por isso.

sábado, 18 de outubro de 2008

Novelas

Eu queria mudar o Zé...

Pensava em mudar o mundo, depois pensava em mudar alguns países, meu país, meu estado, minha cidade... Hoje contento-me em mudar o Zé (ou a Maria), assim,imagino que mudarei minha parte nesse mundo. Preciso explicar que quando falo em mudar não falo em fazer uma "lavagem cerebral" na pessoa, nem tampouco fazer daquela pessoa um espelho que reflita minha forma de pensar, meu jeito de ser. Esta mudança deve trazer da obscuridade um cidadão (cidadã) que está acanhado diante da vida, que não consegue se expressar, mostrar seus anseios ou buscar objetivos de vida. Ser cidadão, ser participante, então, essa mudança deve ser de atitude. O cidadão deve estar consciente de suas responsabilidades e de seus direitos, assim, a mudança do Zé (ou da Maria) será uma mudança de postura, de posicionamento diante da vida e da sociedade. Não podemos mudar o mundo, mas podemos fazer a nossa parte tentando trazer para a vida aqueles que estão mortos perante a sociedade.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O processo de mudança...

É possível mudar? Sim é possível. Contudo, é necessário estar consciente de que necessita-se da mudança. Como pode alguém mudar se não tem a consciência de que essa mudança é necessária. Ou talvez podemos nos perguntar: mudar para que? A acomodação é superior, pois traz a suposta segurança sobre aquilo que pensamos dominar e em caso de mudança o desconhecido que está por trás dessa (mudança) é um monstro que assusta aqueles que se acomodam. É difícil, mas não impossível. É necessário, é urgente, mas na ânsia de mudar, nos esquecemos de que essa mudança não ocorre de forma abrupta. Ela é e tem que ser gradual para que seus efeitos sejam sentidos no médio, longo prazo. Uma mudança brusca traz a tona o ditatorialismo, ou seja, a mudança sem diálogo, sem entendimento, sem discussão. Vamos começar hoje a mudança, talvez, quem sabe, ainda nesta vida possamos perceber que nós fizemos parte de um processo que redirecionou as rédeas da vida como a conhecemos.

sábado, 11 de outubro de 2008

Está tudo bem?

Me pergunto se está tudo bem? Sempre quando está bem pra nós, independente se está bom para os outros, pensamos que está tudo bem. Em minha cidade "Agualinópolis", assim chamada de agora em diante, está tudo bem quando se trata de educação. Estamos vivendo um mar de tranqüilidade, todos estão felizes, todas as expectativas são atingidas, principalmente daqueles que ganham para fazer com que tudo fique bem. Estão todos carregados com seus axiomas inquestionáveis. Contudo, basta uma volta ao passado, recente até, para nos depararmos com uma realidade que está longe de ser a razoável. Isso mesmo, temos que nos contentar com o razoável. Infelizmente não temos a lâmpada mágica de Aladim, ou uma fada madrinha, então, só nos resta esperar, esperar e esperar, trabalhar, trabalhar e trabalhar, e ainda, rezar muito, porque só com muito trabalhado, paciência e reza, veremos esta realidade de hoje se transformar em algo melhor amanhã.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em quem votamos?

Acordei e fiquei pensando... em quem votei... votei no candidato? ou votei naquilo que me interessava?
Na verdade, penso eu, não votamos em propostas, em programas de governos, ou em qualidades pessoais dos candidatos. Votamos em nossos interesses, em nossas necessidades
Desta forma, se estamos com fome, votamos em quem nos dá a comida. Se estamos com sede, votamos em quem nos dá água. E assim por diante.
É uma cultura que está arraigada em nosso DNA, crescemos pensando que isso é o correto, que é assim mesmo, que o melhor para mim, também é o melhor para todos.
É o que eu chamo de egoísmo político. Não vamos julgar as pessoas por uma ou duas atitudes impensadas, vamos avaliar uma conduta de vida, um todo. Aliás, será que devemos realmente julgar alguém?

Aluno que trabalha tem 260% mais chance de reprovação

O risco de reprovação de um aluno do ensino fundamental que trabalha é 260% maior do que o de um estudante que não trabalha. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). O estudo avaliou o histórico de 133 alunos, com idades entre 10 e 17 anos, da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Segundo a autora da pesquisa, Renata Cristina da Penha Silveira, 36 entrevistados relataram trabalhar fora de casa e destes, 38,9% informaram já ter repetido o ano. Entre os que se dedicavam somente aos estudos, a proporção de repetência foi de 10,8%.

“Além de trabalhar, os alunos chegam em casa e ainda vão ajudar os pais em tarefas domésticas, como lavar roupas, louças, limpar a casa”, aponta Renata, que é enfermeira e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Os motivos para começar a trabalhar foram vários: 12 estudantes (33,3%) disseram ter de ajudar os pais a compor a renda da família; outros quatro (11,1%), afirmaram que queriam ganhar dinheiro; dois (5,5%) disseram gostar de trabalhar. “O restante citou as mais variadas causas, como comprar roupas, por vontade própria, dentre outros motivos”, explica Renata.

De todos os estudantes que trabalhavam, apenas um possuía registro na carteira de trabalho. A idade mínima de início do trabalho entre os entrevistados variou de 6 até 15 anos, mas a maior parte, 20,6%, iniciou as atividades aos 11 e 13 anos de idade.

Bons alunos

Segundo Renata, os jovens que trabalhavam foram elogiados pelos professores por terem maior atenção e mais vontade de aprender. “Isso acontece porque, como eles começam a trabalhar mais cedo, ganham responsabilidades de adultos. Aí ficam mais interessados por um certo tempo. Mas depois, devido ao cansaço, às grandes jornadas de trabalho, eles abandonam os estudos”, diz.

sábado, 4 de outubro de 2008

O que é ser universitário?

• O ser universitário deve sempre estar envolvido com questões ideológicas;
• O envolvimento ideológico de hoje está, segundo alguns estudiosos, aquém do que se espera da classe universitária;
• O autor posiciona-se como é ser universitário, porém adverte que a cada um deve fazer/ter a própria leitura diante da nova etapa da vida;
• Ser universitário para ele é “usar a universidade como fórum de discussões acerca da sociedade em que estamos inseridos”;
• Em termos de aprendizagem como se posiciona o ser universitário?
• É ser autônomo, afirma Oliveira, não depender exclusivamente dos professores, não aceitar falácia de que só o professor transfere conhecimento;
• Autonomia propicia vantagens dentro e fora do contexto universitário; fica a sua reflexão e ação: depender de alguém que aprender e/ou ser autodidata;
• Pensar que o professor não é “sabedor”, o “conhecedor” de tudo e todo o conhecimento é reconhecer que o mesmo existe para facilitar o processo de aprendizagem;
• Uma característica da autonomia é a iniciativa de ler, porém o acadêmico limita-se a apenas a leitura de textos e quando livros indicados que serão cobrados em prova ou trabalhos acadêmicos;
• Vale refletir: Por que os estudantes não possuem o hábito de ler?
• É ideal e real que acadêmicos pensem em adquirir seu próprio acervo, para isso a aquisição é lenta e contínua;

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

QUAL É O PAPEL DO PROFESSOR DE HOJE?

O papel do professor na ação de educar, não se limita à absorção passiva de conhecimentos, mas à possibilidade de transformar o sujeito de forma a possibilitar que ele liberte-se do espaço e do tempo presentes, que faça relações mentais na ausência das próprias coisas, permitindo-lhe imaginar, fazer planos e ter intenções, realizar sínteses, tomar posse do fazer/conhecer.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da educação no Brasil (LDB), o papel do professor, se estende muito além da simples transmissão de informações. Ele participa da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, isto é, decide com a comunidade educativa o perfil de aluno que se quer formar, os objetivos a seguir, as metas a alcançar. E isso não apenas no tocante a sua matéria, mas toda a proposta pedagógica.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Escândalos de escuta clandestina (Crônica)

_ Alô!
_ Oi! Quem está falando?
_ Sou eu querida... não vamos usar nomes né?
_ Ah! É você? Porque não usar nomes?
_ Com essa onda grampos é melhor prevenir e não quero que nossa “relação” fqieu exposta... Não seria bom pra você, sabe!
_ Nem pra você né querido!
_ É...
_ Mas não foi pra isso que você me ligou né?
_ Claro que não! Tava com saudade. Podemos nos ver hoje? Sexta-feira não tem nada pra fazer aqui em Brasília, podemos aproveitar e namorar um pouco, depois tenho que ir pra casa.
_ Tudo bem, tenho uma coisa muito importante pra te contar, mas só pessoalmente. As oito ta bom pra você?
_ Ok! Até as oito então... beijo... tchau!
Trecho de um grampo realizado no gabinete de um Senador da República onde ele supostamente fala com uma “amante” e supostamente também, ela iria revelar que estava grávida. Parece uma história repetida, mas será que há alguma coisa mais importante pra “grampear” em Brasília?
Com os arapongas de plantão a todo momento, melhor nossos “representantes” tomarem mais cuidado com seus telefones, caso contrário poderão enfrentar processos de cassação por quebra de decoro parlamentar, afinal, “roubo” não dá cassação, mas manter amantes dá.
Seria interessante ouvir todas as conversas de nossos ilustres políticos, pelo menos poderíamos verificar se eles trabalham tanto como dizem, mas nem é bom dar muito idéia, senão podem grampear o telefone aqui de casa. Meu Deus!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Cenas da China (Crônica)

Estou agora, nesse momento, segurando esses pauzinhos, como é que chama mesmo? Ah! Preciso me lembrar que são duas da madrugada... tô virando chinês de vez... troco o dia pela noite – coisas de período Olímpico (e para-olímpico) acredito – e estou até aprendendo alguma coisinha de mandarim.
Se não fosse pela decepção com “nossas” medalhas podia até me acostumar com essa rotina. Brasileiro tem cada coisa né...
Horas e mais horas plugado na China, aprendendo de sua cultura, de sua gente, e aos poucos descobrindo que tenho muito deles aqui dentro, agora mesmo, em quanto digito estas poucas palavras uso muita meu computar com inúmeros “apetrechos” tecnológicos que vem da China, muita manufatura que vem da China e eu nem sabia disso.
Penso que muitos como eu está descobrindo uma china, mesmo que maquiada pelo governo, diferente daquela que víamos nos filmes de “Bruce Lee” ou “Jacque Chan”.
Até pensei em fazer a cirurgia inversa a que os orientais estão fazendo – aquela de abrir mais o olho – posso mandar fechar um pouquinho o meu, afinal, fico mais lá (pela TV) do que aqui...
Aqui (durante o dia) eu fico dormindo e lá (à noite) eu me ligo, até “peteca” (não é bem esse o nome) eu to assistindo... imagine se alguns de meus amigos ficam sabendo disso.
Ainda bem que esses jogos estão acabando, agora somente nos para-olímpicos, mas breve, só saudade.
Graças a Deus!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

EUA sob ameaça de mais furacões (Crônica)

Mergulhei em meus pensamentos e de repente me vi de volta ao passado, mais precisamente a cerca de um ano atrás. Ao ligar o aparelho de TV fiquei como, acredito, milhões de pessoas no mundo todo ao ver o horror das enchentes em Nova Orleans (EUA).
Parecia reprise de filme de suspense ou terror, primeiro a tempestade passa pela miséria da América Central, depois vai bater à porta do primeiro mundo, mostrando que, no fundo, somos todos iguais. Até na inércia do governo frente à calamidade para a mesma.
Mas nesse momento há uma diferença básica em relação ao ano anterior, o processo eleitoral americano deixará, sem dúvida, a máquina governamental mais dócil, mais sensível a desgraça que assolará aquela região.
O temporal de agora também não é o mesmo do ano passado – não dá para dizer se é melhor ou pior – mas suas conseqüências já são sentidas e se refletirão por muito tempo. Nós que supostamente estamos livres de tamanhas tragédias vimos no noticiário que uma brasileira está desaparecida devido à passagem de outra tempestade por Porto Rico, culpa da natureza e da estabilidade econômica que propicia aos irmãos brasileiros a facilidade de poder viajar para outros países.
A destruição provocada por estas tempestades causam prejuízos de bilhões de dólares e danos que levarão meses, talvez anos para serem refeitos. Mas o prejuízo maior está nas dezenas de vidas humanas que se perdem, na dignidade perdida, no desgaste psicológico e emocional que o tempo, implacável, fará da realidade lembranças amargas que nos acompanharão (a todos nós) para sempre.

domingo, 28 de setembro de 2008

A Derrota da Criatividade (Crônica)

Estava folheando de forma displicente quando me deparei com uma reportagem que dizia do gargalo criativo onde o Brasil está estacionado devido ao “gargalo” burocrático onde, literalmente, estacionam a criatividade de nossos cientistas (ou inventores).
É triste saber que temos pesquisadores altamente capazes e criativos, mas que somos apenas o 21º país no ranking da criatividade, principalmente por causa dos entraves burocráticos do órgão que faz o registro das criações no Brasil.
De repente fico assustado, os lampejos criativos que tenho constantemente podem ser usurpados por algum engraçadinho antes mesmo que eu possa patenteá-los.
Com média de 7,2 anos para registrar uma criação no Brasil é praticamente impossível competirmos com outros países, é melhor criar aqui e patentear fora, só assim não se corre o risco de perder o seu invento.
Até bem pouco tempo atrás demorava-se para registrar um filho no Brasil bem mais que isso, quando o cidadão ia registrar o filho dava até para pensar em um novo nome. Agora acontece o mesmo com as patentes, dá para recriar a invenção com outro nome e fazê-la novamente antes que se consegui seu registro.
Estamos em disparidade com os países mais desenvolvidos, assim como estamos em disparidade com os africanos no futebol sub-20. Com os países desenvolvidos porque eles registram os produtos primeiro e assim podem nos roubar algumas criações. Com os países africanos porque registram suas crianças anos depois e, desta forma, um jovem com idade biológica de 25 ou 28 anos vai aparecer nos registros com 18 ou 19 anos.
Acho melhor me mudar para o Paraguai, lá pelo menos todo mundo rouba a invenção de todo mundo, tudo é falsificado e não corro o risco de perder nada, pois nada tenho.

sábado, 27 de setembro de 2008

A HARMONIA DAS LÍNGUAS

Em seu texto, Luiz Costa Pereira Júnior, trata das diferenças através da linguagem. Para ele, os estudos da linguagem mostram que há sempre uma forma generosa de encarar as diferenças um com o outro. Muito mais que construção verbal, toda língua carrega a experiência de uma nação.
Segundo ele, há áreas inteiras do vocabulário em que as línguas afirmam a si mesmas e, colocadas em paralelo com a nossa, parecem completar-se tanto quanto confrontar-se conosco. Assim, esclarece que, se isso é verdade, ora falta uma cultura palavra específica para uma idéia ou objeto, ora o sentido dado ao mesmo item da realidade se revela distinto ao estabelecido por outros povos.
Em seu entendimento, cada povo acessa a realidade de sua maneira e com lógica própria, assim como, uma cor não é a mesma em toda linguagem. Existem características, peculiaridades, em cada língua, assim como em cada povo.
Para ele, o diálogo entre línguas é uma forma de estrangeirismo às avessas.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O MISTERIOSO MUNDO POR TRÁS DA FRASE FEITA

Segundo Evanildo Bechara, em relação às frases feitas, o emprego delas é hoje mais raro do que antigamente, e o fato se explica porque a modernidade, diminuídos o gosto e o contato da leitura, recebe menos a influência do texto escrito sobre o texto oral.
A toda hora se houve: dizer cobras e lagartos de alguém, ele é cheio de nove horas, isso são favas contadas, achar-se em camisa de onze varas. E, realmente, é tarefa complicada investigar as razões que as motivaram.
Explica o autor que pode-se entender também que as locuções se originam em associações psicológicas, em fatos históricos, em alusões literárias ou mitológicas, em comparações com todos os reinos da natureza, em etnologia e em muitos recantos do saber, da criatividade e da imaginação humana revelados pelo folclore.
Para ele, se nossa curiosidade recai na locução ele é cheio de nove horas, a lição de Câmara Cascudo nos parece perfeitamente válida quando a relaciona à época, da Idade Média até o século 19, em que era de bom-tom ente as famílias o recolher-se à intimidade do lar.
Respeitar às nove horas era sinal de boa educação e da boa convivência entre cidadãos. Desse conceito facilmente se passa à idéia da pessoa de extrema educação, chegando às raias de pessoa sestrosa, seguidora e ditadora de regras infalíveis e rígidas lições de comportamento a segundos e terceiros: um autêntico cheio de nove horas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Romário tenta se livrar de enxurrada de processos na Justiça

Baixinho passou a ser freqüentador assíduo do Fórum do Rio, onde está envolvido em pelo menos 20 ações judiciais.
Aposentado dos gramados, Romário mudou de ares. Porém, continua na ofensiva. Com mais tempo para resolver pendengas judiciais, o Baixinho trocou os estádios pelas salas de audiência. Não são raras suas visitas no Fórum do Rio, na companhia de advogados. Antes de operar o joelho esquerdo na semana passada, o ex-camisa 11 chegou a saltar de uma sessão na Vara de Família - envolvendo a ex-mulher Mônica Santoro - para uma reunião sobre direitos trabalhistas com dirigentes dos clubes que lhe devem.
Atualmente, Romário está envolvido, seja como autor ou réu, em pelo menos 20 processos. Flamengo, Fluminense e Vasco lhe devem 27 milhões, sem contar a correção monetária. E o ex-jogador está disposto não só a receber tudo que foi acordado com os times cariocas, como a quitar uma dívida de R$ 6 milhões com terceiros.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Artilheiro do Timão


Artilheiro do Timão, Dentinho sonha com mais espaço para jogar na elite. Atacante classifica 2008 como espetacular e acredita que melhor nível técnico da Série A poderá ajudá-lo a ter um desempenho superior.

Os jogadores do Corinthians ainda desconversam sobre o acesso, mas alguns já sonham alto sobre como será a vida na Série A do Campeonato Brasileiro. Artilheiro do Timão na temporada, o atacante Dentinho acredita que poderá brilhar mais em 2009 com uma pequena mudança: o espaço para jogar. - Sabemos que a Série A é um pouco diferente. Na Série B, você pega muito campo ruim e jogador na cola. Na primeira, tem mais espaço – diz. Apesar da projeção animada, Dentinho só tem a comemorar. Aos 19 anos, assumiu a responsabilidade de comandar o Timão na Segundona e não vem decepcionando. Foram 17 gols desde o início do ano. Números bem diferentes dos que precisou encarar no ano passado, quando chegou ao elenco principal com o Alvinegro lutando contra a degola. - Esse ano está sendo espetacular, já fui considerado a revelação do Campeonato Paulista. É complicado subir para o profissional e a equipe cair. Quero subir para a Primeira Divisão e tomara que 2009 seja melhor ainda na Série A – acrescenta. Com o Corinthians praticamente na elite, Dentinho tem outra briga pela frente, desta vez, interna: a artilharia. Ele lidera a lista dos goleadores do Timão, com 17, mas é seguido de perto pelo argentino Herrera e pelo lateral-esquerdo André Santos, ambos com 16.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A Universidade e o grande desafio

 As universidades atravessaram os séculos, produziram e sofreram transformações. Nos nossos dias, sem dúvida, são dos principais instrumentos estratégicos de desenvolvimento de qualquer nação se bem apoiadas e aproveitadas em toda a sua potencialidade. Temos dito que cada povo possui a universidade que foi capaz de gerar, e que cada universidade se insere no ambiente social, econômico e cultural que foi capaz de produzir ou que ajudou a criar.

Os últimos anos têm sido marcados por importantes transformações mundiais. A aceleração da globalização veio acompanhada de políticas hegemônicas perversas, sobrepondo as leis do mercado às questões internas das economias nacionais, em detrimento das prioridades sociais, tornando ainda mais difícil a situação de países como o Brasil. Enquanto esses países se debatem em sucessivas crises, as diferenças mundiais se acentuam, comprometendo importantes avanços humanos de convivência e paz.

A humanidade não tem sido capaz de utilizar os seus avanços científicos e tecnológicos de modo sintonizado com as necessidades sociais e com os objetivos comuns, até mesmo os mais elementares. Há a preponderância de um modelo que exige o ajuste de demandas sociais a uma dinâmica técnico-econômica que deixa para trás os cada vez mais excluídos. Aumentam então, de um lado, os que apenas ficam mudos, e de outro, os que gritam e correm sem saber das coisas, sem saber a quem apelar e para onde ir. Podem virar massa de manobra para qualquer ‘‘bem-falante’’ ou ‘‘bem-pagante’’. Os que se isolam assistem às cenas de um mundo que passa, com líderes em geral mal preparados e improvisados. E ao ‘‘horror político’’ sucedem-se o ‘‘horror econômico’’ e tantos outros horrores, dependendo do que se queira ver e sentir.

Nesse quadro, é especialmente importante o papel da universidade. É hora de grande desafio. É preciso que ela se envolva intensa, crítica e permanentemente no diagnóstico dos problemas locais, nacionais e mundiais, procurando encontrar soluções e caminhos. Mas, sendo a universidade parte do sistema político-social que está doente, também padece de graves males que acaba absorvendo ou que lhe são impostos. Então o desafio é maior ainda: superar as próprias doenças e fraquezas e ajudar a sociedade e o Estado a encontrar as soluções para os seus problemas e o melhor caminho para todos. 

Em documento preparatório da Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, realizada em Paris em 1998, foram identificadas três grandes tendências mundiais nesse nível de ensino: 1) Extraordinária expansão quantitativa (em regra acompanhada por desigualdades continuadas de acesso entre países e regiões). 2) Diversificação de estruturas institucionais, programas e formas de estudo. 3) Dificuldades financeiras. Pressionadas pela massificação do ensino superior, pelo processo de globalização e reestruturação produtiva, necessidades diversificadoras de programas e cursos e severas restrições financeiras, as universidades mergulharam em grande crise, da qual apenas agora começam a emergir em alguns países, com feições bastante diferenciadas.

No Brasil, o processo de discussão sobre esse tema está atrasado nas próprias universidades, ainda fortemente abaladas e atônitas com as mudanças, especialmente no setor público. Lembramos, então, três palavras-chave recomendadas pela Unesco para repensar a universidade para os novos tempos: 1) relevância, 2) qualidade, e 3) internacionalização.

Relevância para lembrar o papel e o lugar do ensino superior na sociedade. É a sua própria pertinência. Isso inclui o ensino, a pesquisa e a extensão. O ensino deve ser atualizado e capaz de gerar profissionais competentes e criativos. Então precisamos dar um salto por cima da prática mais simples de manutenção do conhecimento para uma posição de fronteira viva, criativa e inovadora. Sempre muito perto da sociedade e em parceria permanente com todos os seus setores de atividade. Isso inclui o relacionamento com o Estado. A UnB tem avançado muito nessa linha de ação. Hoje interage praticamente com todos os setores da sociedade local e dos estados; dispõe de grupos de pesquisas que contribuem de forma substancial para criação e desenvolvimento de conhecimentos em muitas áreas, superando as limitações a que está sujeita. Mas precisa avançar muito mais e para isso necessita de apoios para restabelecer o seu quadro mínimo de pessoal e de infra-estrutura. Requer ainda, como todas as universidades, autonomia institucional para melhor praticar a liberdade acadêmica.

Todas as atividades acadêmicas devem ser permanentemente avaliadas de modo que a sua qualidade esteja constantemente em processo de aprimoramento. Esse é um dos principais instrumentos para a permanente dinamização da universidade.

A internacionalização reflete o panorama do processo crescente de globalização. Na nossa avaliação, as nossas universidades, de modo geral, ainda estão enclausuradas no âmbito brasileiro. É preciso um esforço maior na linha de ação internacional.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

As causas da pobreza

"As causas da pobreza", dizia meu antigo professor de direito, "são duas: as voluntárias e as involuntárias". As causas da pobreza não podiam ser individuais, mas estruturais: a exploração do trabalho pelo capital, o poder das elites que parasitavam o trabalho alheio e saqueavam os recursos públicos, e a alienação das pessoas, criada pelo sistema de exploração, que impedia que elas tivessem consciência de seus próprios problemas e necessidades. Para Malthus, a causa principal da pobreza era a grande velocidade com que as pessoas se multiplicavam, em contraste com a pouca velocidade em que crescia a produção de alimentos. O problema se resolveria facilmente se os pobres controlassem seus impulsos sexuais e deixassem de ter tantos filhos. Minorar sua miséria só agravaria o problema, porque, alimentados, eles se reproduziriam mais ainda. A melhor solução seria educá-los, para que aprendessem a se comportar; ou então deixá-los à própria sorte, para que a natureza se encarregasse de restabelecer o equilíbrio natural das coisas. Uma outra versão desta associação entre pobreza e indignidade era dada pelo protestantismo, que via na riqueza material um sinal do reconhecimento, por Deus, das virtudes das pessoas, e na pobreza uma marca clara de sua condenação.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

क्रिस?

Os governos recentes foram ficando cada vez mais tecnocráticos a partir da ditadura. Os economistas, mesmo os da sociedade civil descontente, ficam buscando um 'modelo', quando a situação social e a crise internacional não permitem 'modelos', mas sim requerem opções e políticas claras a favor do povo. A pergunta obsessiva é: como enfrentar a crise internacional? O Governo declara não saber o que fazer enquanto uma parte das elites progressistas que o acompanha, cada vez mais cansada de sua fatuidade, percebe que o 'modelo' está fazendo água em todo o mundo e parece optar pela visão de Keynes de que "qualquer coisa é preferível ao que os relatórios financeiros chamam de 'melhor opinião de Wall Street'". Em nossa opinião a atual crise internacional só pode ser enfrentada resistindo, negociando com seriedade, pondo os vastos recursos produtivos e a poupança forçada dos trabalhadores - que estão sendo desperdiçados ou esterilizados - a favor de projetos que gerem emprego, modernizem as infraestruturas básicas e garantam a universalização dos direitos sociais. Esta é a matriz básica a partir da qual devem desdobrar-se todos os projetos concretos.
A Oposição tem um projeto nacional afirmativo claramente identificado com os interesses do povo brasileiro. Quaisquer que sejam as turbulências que nos atinjam, temos condições objetivas de levá-lo adiante, desde que se atue com determinação, utilizando os recursos primordialmente para melhorar a situação dos de baixo. O Brasil é um país continental, tem potencialidades de desenvolvimento, tem condições objetivas que independem do capital especulativo, que independem da globalização. Tem condições de dar alimentação, vestuário, calçado, escola e um mínimo de saúde e seguridade social à sua população. Embora possa levar algum tempo, existem condições objetivas de converter o país numa nação, como o fizeram, aliás, vários países no mundo, nas crises internacionais anteriores e nas situações mais diversas de desenvolvimento e organização social da produção e sistema político.
Não creio que com a extensão e profundidade da atual crise as elites de poder tenham condições de, uma vez mais, 'fugir para frente'. Agora a superação da crise, no front interno, supõe mudanças efetivas na alocação dos recursos e reformas distintas das apregoadas pela ordem neoliberal, que só fazem ampliar o fosso da dependência e da apartação social e econômica. Não podemos mais delegar os destinos do país às tradicionais elites nacionais ou internacionais. Desta vez, o Povo tem que fazer a Nação.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ब्रासील, फुतेबोल ऐ बोबगेंस...

मिस उमा वेज़ विमोस ओस सेट anõएस एम् उमा पर्तिदा memoráवेळ, तोडोस atra´स दा ब्रुक्सा मालवाडा (Bolíविया), प्र तेंतर सलवार अ बरंका दे नेवे (classificaçãओ), मास será कुए vão कांसेगुइर? से ओ नोस्सो téकनिको é ओ दूंगा, entãओ ओ रोनाल्डिन्हो Gaúचो é ओ ज़न्गादो, एले परेस कुए está इन्फेलिज़ कॉम अल्गुमा किस, será कॉम ओस देंतेस? कॉम तन्तो दिन्हेइरो दावा até प्र ट्रोकार तुदो दे उमा वेज़... मास पेलो कुए वेजो, मुस अमिगोस, वमोस मेस्मो é तेर कुए एस्पेरार पेलो बीजो दो Príन्सिपे एन्कान्तादो (रेपेस्कागेम) पारा कांकुइस्तर एस्सा वागा प्र próक्सिमा कोपा... tambéम... से nãओ फोर्मोस पेलो मेनोस तेरी टेंपो प्र लेर औ invéस दे फिकार वेंदो फुतेबोल... ठनक यू.

प्रोसस्सो एदुकातिवो ऐ Educação

É impossível negar a natureza política do processo educativo, sendo impossível separar a educação política do poder. Assim nós educadores não podemos nos esquecer de nossa atividade política e sermos coerentes com ela, conscientizando e atuando, pensando na preservação das estruturas sociais.
A alfabetização de adultos era realizada de forma autoritária centrada na compreensão da palavra mágica escrita, os textos escondiam a realidade; agora, ao contrário, a alfabetização é um ato de conhecimento, um ato criador e político, é um esforço do mundo da leitura e da palavra, e os textos estão inseridos em seus contextos.
Assim, a alfabetização de adultos e a pós alfabetização demandam esforços no sentido de compreensão da palavra escrita, da linguagem, das relações do contexto de quem fala, lê e escreve, portanto relação entre leitura de mundo e leitura de palavra. (पाउलो फ्रेइरे, अ importâनकिया दो अतो दे लेर"

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Início de tudo...

Hoje estou começando este blog como se fosse um diário, um local onde eu possa desabafar e compartilhar minhas idéias, meus pensamentos com qualquer pessoa... Não pretendo fazer disso aqui um "Muro das lamentações", mas um campo para o debate de assuntos da vida privada e pública, dos acontecimentos do dia-a-dia e de fatos relevantes que possam interferir na nossa vida.. Enfim, sejam bem vindos aqueles que quiserem contribuir para que este espeço não seja mais um ponto inútil da internet... Thank You...