domingo, 31 de maio de 2009

Pedaços de vida

Como as folhas caem no inverno, a vida passa
Somos seres com prazo de validade e nosso futuro é certo
E, sendo assim, deveríamos proceder, pelo menos a maioria de nós,
De forma a não carregar em nossos corações
Tantos pedaços de "rancores e desamores".
Escondemos de nós o que sentimos (tudo de ruim), porque nos envergonhamos disso
Escondemos de todos porque não queremos, de fato, sentir
Para que guardamos? Por que guardamos?
Porque somos seres humanos.
Então, por sermos seres humanos, temos a capacidade de mudar,
De não guardar nada que nos faça mal, pois é isso que acontece,
Guardamos algo que só nos prejudica, nos maltrata o coração.
As folhas caem, nós caimos, mas também nos levantamos
Vamos nos levantar todos os dias sem esse peso nas costas,
Sem mágoas, sem rancores, sem restrições...
Pensamos estar excluindo as pessoas de nossa vida, mas na verdade,
Nos excluímos da vida delas.
Assim, perdemos um pouquinho de amor, tão raro e necessário para sermos felizes.
Faça a conta, para cada sorriso ganhamos um minuto de vida.
Para cada pensamento (ou ato) ruim, perdemos também um minuto...
Será que estamos ganhando ou perdendo minutos de vida...
É difícil, mas por ser difícil, torna-se necessário...
Afinal, ninguém disse que viver seria fácil.

domingo, 24 de maio de 2009

A força e a coragem

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para ter dúvida. É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para viver.

Se você sente que lhe faltam à força e a coragem, queira Deus que o mundo possa abraçá-lo hoje com seu calor e Amor! ... E que o vento possa levar-lhe uma voz que lhe diz:

Que há um Amigo desejando que você esteja bem...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Crônica de uma aula

Estava pensando se escrevia isso ou não. Demorei mas me decidi por colocar aqui uma experiência que aconteceu comigo, hoje (20/05/2009) na sala do 3º ano A (Ensino Médio) na escola onde trabalho. Não que isso jamais tivesse acontecido antes, mas é que agora resolvi expor aqui. Estávamos em uma aula cujo tema era ustamente a "crônica" e depois de poucas palavras uma aluna me pediu para ler o texto - uma crônica de Fernando Sabino - e eu não vendo nada de mais naquilo consenti. Ela começou a leitura e ia bem quando me peguei viajando pela sala observando (como quase semrpe faço) o comportamento dos alunos durante a leitura. Olhei para o lado esquerdo da sala e uma aluna se olhava no espaelho, como que espremendo algum cravo ou alguma espinha, talvez até se admirando. Logo ao lado dela um aluno olhava concentrado para sua própria mão, como se tentasse adivinhar o futuro (o seu futuro), ainda no fundo da sala outro aluno (meu filho) rabiscava alguma coisa em folhas de seu caderno (com certeza nada tinha a ver com o tema da aula). E a leitura continuava e como não poderia deixar de ser (por ser do Fernando Sabino) muito interessante. A sala é pequena e logo a frente observei uma aluna com o olhar "morto", perdido no tempo, parecia que estava olhando para fora da sala, os olhos vidrados, daquele jeito que ficamos quando estamos "olhando para dentro". Logo do seu lado, a direita dois alunos observavam um "não sei o quê" enquanto outro acho que "fingia ler". Não sobraram muitos alunos prestando verdadeira atenção ao texto e à leitura. Pensei em interromper e chamar a atenção dos alunos, por um momento, refleti. Será diferente em outras aulas (melhor ou pior), será que estou acrescentando algo a vida destas "crianças" (nem tanto), deixei o "barco seguir" e já fiquei imaginando este texto. Após a leitura chamei a atenção dos alunos e fiz um breve comentário sobre o texto, e eles até participaram. Depois voltamos a velha rotina, eu disse: "Meninos, respondam as questões 1 e 2 da página tal". E continuamos fazendo o possível para tornar o impossível mais "possível" e construir uma realidade menos dura para eles.

sábado, 16 de maio de 2009

As filas democráticas

Hoje quero contar uma história que aconteceu comigo, Simone (minha esposa) e alguns companheiros lá na bela cidade de Piracanjuba; esta história me fez fazer uma breve reflexão.
Estávamos fazendo uma visita àquela cidade para levar dois alunos que iriam participar de um concurso de redação, já tradicional na região. Desta forma, fomos bem cedo porque pretendíamos participar também de todos os eventos do dia. Bom, lá chegando, no Colégio Estadual Rui Brasil Cavalcante (peço desculpas se por acaso tenha escrito o nome errado), onde também acontece a Exposição Internacional de Orquídeas (também tradicional) fomos muito bem recebidos, as crianças tomaram café da manhã e depois fomos assistir a algumas apresentações em comemoração ao evento. Após, veio a parte curiosa que me levou a esta reflexão. Foi na hora do almoço, ao sermos avisados de que a refeição seria servida nos encaminhamos para o interior do Colégio e entramos em uma fila "enorme". O curioso é que a fila não terminava em um local específico, ela terminava em outra fila que por sua vez terminava em outra fila ainda que, esta sim, levava ao almoço, ou seja, ao local onde serviriam o almoço. Era fila para entrar na fila. Bom, então, o que tem isso de engraçado? Fiquei imaginando como as filas nos diminuem e ao mesmo tempo nos engrandecem, como elas ao mesmo tempo excluem e incluem. Alunos, professores, crianças, adultos, pessoas mais abastadas, pessoas menos abastadas, pessoas mais "letradas", pessoas menos "letradas", todas ali, na fila, como iguais. Esta deveria ser uma lição para a sala de aula, professores e alunos iguais no respeito, na comprometimento, no desejo de alcançar os objetivos que os levam àquela sala. Democraticamento, o professor desce de seu "palco", de seu "show" e envolve o aluno como um igual, um "aprendente" que ali se encontra para que o professor, com sua experiência principalmente, faça a mediação entre ele e o mundo que se abre à sua frente. Não importa se alunos com 4, 5, 6 ou 18 anos, todos ansiosos por alcançar objetivos que nem sempre são claros ou conscientes, mas que com toda certeza do mundo, são absolutamente necessários. Não basta retransmitir aquilo que está escrito, pois este pode ser lido pelo aluno a qualquer momento, o que realmente importa é dar a estes alunos a confiança de que precisam para encarar o mundo de frente, com independência. Assim, eles serão capazes de construir sua história sem precisar de "muletas pedagógicas", ou seja, de pessoas para lhes darem uma direção sempre que se sentirem desorientados, precisamos dar a eles "independência".

terça-feira, 12 de maio de 2009

Afinal, o que faz um professor?

Outro dia em uma aula da pós-graduação o professor leu um texto de sua autoria para nós... comecei a ouvir meio descrente e de repente comecei a me envolver com a narrativa... Ele falava de um guarda de trânsito de uma pequena cidade que ficava em uma esquina central (em uma praça) comandando o trânsito... trânsito de uma pequena cidade, ficava ele indicando para onde iam os carros em uma rua de mão única, mostrava que tinham que ir para a direita (ou esquerda) sendo que só poderiam mesmo ir para aquela direção. E assim fazia, vestido em seu traje específico, com todo garbor, cumprindo sua obrigação (era mais ou menos isso). Mas o que mais me interessou foi quando ele comparou a função deste guarda com a de um professor. será que o professor não faz o mesmo? Tentando colocar os jovens em um caminho que talvez seja o único caminho que ele tenha, apenas um guia que indica uma via de mão única. Seria então o professor aquele que direciona alunos para um caminho inexorável. Como ele concluo que devemos fazer o melhor que pudermos e deixar que a vida nos leve ao fim.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Compreensão e Produção de Texto

Check out this SlideShare Presentation:

O cerrado pede socorro

É o berço das águas, sendo responsável por 70% das descargas dos rios São Francisco, Paraná e Tocantins.

O bioma está presente nos Estados: Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rondônia, São Paulo, Paraná, Ceará, Amazonas, Amapá, Roraima, Pará e no Distrito Federal.

Contudo, sofre constante ameaça de extinção, já que sua biodiversidade teve alterações consideráveis. Em Goiás, a situação é agravante, pois cerca de 90% de todo Bioma se encontra modificado pela ação do homem.

Segundo dados da WWF (World Wide Foundation), cerca de 60% do cerrado goiano já foi arrancado, dando lugar a pastagens, 6% foram destinados à agricultura, 14% destinados à ocupação urbana e construção de estradas. Esta situação preocupa pelo risco da recomposição se tornar irreversível.

Dados do IBGE (1991) apontam que, do antigo cerrado brasileiro, só restam intocados 7%. É o bioma que mais sofreu impacto devido à ocupação humana, com intervenções como o agronegócio, queimadas para carvoarias, caça predatória, desmatamento com fins agropecuários, entre outras.

Estima-se que o Cerrado deverá ser totalmente destruído no ano de 2030, caso as tendências de ocupação continuem causando uma perda anual de 2,2 milhões de hectares de áreas nativas. A previsão é da Conservação Internacional, uma organização sem fins lucrativos, dedicada à conservação da biodiversidade no mundo.

Apesar de sua importância, o Bioma ainda não recebeu o título de Patrimônio Nacional, como a Mata Atlântica e a Amazônia, por exemplo. O Projeto de Emenda Constitucional (PEC-155/95) se arrasta no Congresso Nacional há mais de uma década e sempre acaba sendo vetado devido, principalmente, à pressão exercida pelos defensores do agronegócio.

Após 12 anos de espera, a Proposta de Emenda Constitucional, com algumas emendas anexadas, finalmente poderá ser votada. Ambientalistas e instituições se mobilizam convidando a população para participar do abaixo-assinado que pede ao Senado a aprovação desse projeto. Para assinar o documento.

O reconhecimento como Patrimônio Nacional será o primeiro passo para a tomada de consciência para a preservação do Cerrado. É preciso parar de fingir que está sendo feito algo e aumentar a fiscalização quanto às intervenções no Bioma.


fonte: http://www.revistaviracao.org.br/artigo.php?id=2050