domingo, 29 de novembro de 2009

O Twitter na nova Educação

O Twitter é uma ferramenta de microblogging que permite a troca de mensagens, com até 140 caracteres. Provavelmente, você já leu esta definição em dezenas e dezenas de artigos. Muitos deles ensinando como redigir o conteúdo a ser compartilhado; outros questionando as funcionalidades desta rede social.
A nova Educação, calcada principalmente nos elementos humanos e na real troca de experiência, exige um planejamento preciso. Dessa forma, um olhar crítico sobre os recursos tecnológicos disponíveis deve ser uma prática permanente. Portanto, entender as funcionalidades e sua essência é requisito básico. Caso contrário, não se tem eficácia. Parece óbvio, mas poucos fazem desta forma!
Na maioria das vezes, no Twitter, mensagens sem propósitos povoam as páginas; usuários seguem outros sem qualquer critério; e links são postados sem acrescentar conteúdo. Na área de Educação, por exemplo, é comum lermos mensagens questionando a qualidade do ensino ("O ensino no Brasil tem qualidade?") ou defendendo a sua importância ("Educação é fundamental"). Mas poucas apresentam soluções ou caminhos a serem seguidos para obter resultados significativos. Talvez isso ocorra porque poucos conhecem a verdadeira utilidade das ferramentas sociais: propagar discussões e, ao mesmo tempo, oferecer elementos para o aprimoramento contínuo.
Neste contexto, as poucas ações sérias e de qualidade merecem destaque. O Colégio Bandeirantes, por exemplo, utiliza o Twitter para divulgar informações dos departamentos, curiosidades e convites. Com mais de 500 seguidores, o @colband, além de noticiar informações institucionais, segue especialistas e repassa para os alunos as últimas tendências.
Com uma proposta clara ("o nosso propósito de formação integrada valoriza o desenvolvimento de potencialidades intelectuais e afetivas dos nossos alunos"), o Twitter do Colégio Bandeirantes foi estruturado após muito planejamento e é decorrência de uma ampla pesquisa da instituição para a escolha do conteúdo a ser propagado. O resultado: alunos seguem, propagam as informações divulgadas pelo @colband e têm a oportunidade de enviar mensagens diretas para o Twitter, tirando dúvidas e fazendo considerações.
Outras instituições de ensino também estão se relacionando de forma efetiva no Twitter – embora com mais timidez do que o @colband:Parthenon (@tparthenon), com 157 seguidores; Bilac (@colegiobilac), com 90 seguidores; e Dante Alighieri (@colegiodante), com 270 seguidores.
No Brasil, ações eficazes como estas e do Colégio Bandeirantes são muito limitadas. Já no exterior, são mais evidentes. Além dos colégios aderirem à ferramenta para propagar informações, os próprios alunos estão sendo incentivados a utilizá-la. O The Guardian noticiou, recentemente, que ensinamentos relacionados ao Twitter farão parte do currículo das escolas primárias do Reino Unido.
No Brasil, essa revolução deve demorar para acontecer. Por aqui, começou, recentemente, o debate de estudos antigos, como, por exemplo, o "Can we use Twitter for educational activities?" ("Podemos usar o Twitter para atividades educacionais?", em português). Detalhe: o documento foi lançado pelas pesquisadoras Gabriela Grosseck e Carmen Holotescu em 2008, atestando, de certa forma, a falta de agilidade brasileira.
O estudo defende, por exemplo, a necessidade de se twittar dentro das salas de aulas, promovendo a rápida discussão de temas, e reforça a necessidade do Twitter ser utilizado como ferramenta educacional. Outras dicas interessantes: compartilhamento de vídeos de aprendizagem; reenvio de tweets interessantes e divulgação de mensagens com os links do site, blog ou podcast da instituição de ensino.
Não esqueça: faça enquetes, abra discussões, troque experiências com os alunos e aproveite a oportunidade para despertar o senso crítico e o poder de síntese dos discentes – uma das competências mais privilegiadas hoje no mercado de trabalho.
Mais importante do que divulgar informações é fazer com que a mensagem seja compreendida de forma clara, simples e sintética! No próximo artigo, falaremos sobre as outras ferramentas que discutem as novas tecnologias aplicadas à Educação. Enquanto isso, explore oNING. Lá, há comunidades interessantes sobre Educação, novas tecnologia e inclusão digital. Aproveite!

(*) Luciana Maria Allan é diretora do Instituto Crescer Para a Cidadania e doutoranda na Faculdade de Educação da USP. E-mail:luciana@institutocrescer.org.br

sábado, 28 de novembro de 2009

Ética e Cidadania

Em consonância com a função social da escola, as
Diretrizes Curriculares Nacionais indicam como primeiros
objetivos do ensino fundamental que as escolas deverão
estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:
– os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade,
da solidariedade e do respeito ao bem comum;
– os princípios políticos dos direitos e deveres de
cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à
ordem democrática;
– os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade
e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Não há dúvida de que atingir esses objetivos tem
constituído um grande desafio para todos os educadores e
e d u c a d o ras: docentes, direção, equipes técnicas,
funcionários, funcionárias, pais e mães. No entanto, fica
cada vez mais claro que o espaço escolar é um lugar
privilegiado para a formação do cidadão e da cidadã, tendo
em vista o convívio social e a possibilidade de viver
experiências educativas, conduzida por profissionais
formados para esse fim.
Quando se pensa na formação integral do cidadão e da
cidadã, os conteúdos da educação escolar devem ser
considerados em sua totalidade, ou seja:
– Fatos e conceitos – o que os estudantes devem aprender
a conhecer;
– procedimentos – o que os estudantes devem aprender a
fazer;
– valores, atitudes e normas – o que os estudantes devem
aprender a ser e de que necessitam para aprender a
viver juntos.
Esta proposta de trabalho está articulada de forma coerente
com as idéias expostas acima e procura mostrar aos
professores como eles podem se organizar e se preparar
para desenvolver no espaço escolar e na comunidade ações
educativas relativas à ética e à cidadania.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Drogas: o perigo ronda as escolas

"Já experimentei maconha, ecstasy, LSD e lança perfume, sempre em festas e na companhia de amigos. Na minha escola, entre os mais velhos, difícil é achar quem nunca usou nenhuma dessas coisas". A declaração é de uma garota de apenas 14 anos, que estuda em um colégio de classe média de São Paulo. Há ainda um dado a ser acrescentando na já preocupante relação entre jovens e drogas: a escola, local onde crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo, vem se tornando a porta de entrada para o mundo da experimentação.

"É ali que os jovens aprendem a beijar e têm sua iniciação sexual, mas também pode ser ali o lugar onde eles terão o primeiro contato com as drogas", afirma Ronaldo Laranjeira, psiquiatra e coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Geralmente, a experiência começa com drogas legais, como álcool, tabaco e cola de sapateiro. Em seguida, entram as drogas ilícitas e, entre essas, a maconha está em primeiro lugar quando se trata de ambiente escolar."

Não há números globais sobre a penetração das drogas na escolas brasileiras. Contudo, a impressão generalizada e os dados esparsos indicam que ela avança. "Pesquisas locais já apontavam para o uso precoce dessas substâncias", revela Paulina Vieira Duarte, titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).

Aula anti-droga - O problema já bateu às portas da cúpula da educação pública no Brasil. Prova disso é que, no próximos dia 17, professores de todo o país encerrarão um curso de capacitação à distância para lidar com o assunto. A ação é uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC), a Universidade de Brasília (UnB) e a Senad.

O objetivo é formar profissionais capazes de abordar adolescentes já usuários de drogas e conscientizar aqueles que ainda não se envolveram com esse tipo de problema. Constam do treinamento também orientações sobre como lidar com uma constatação crescente: o consumo e eventualmente até o tráfico de drogas se dá dentro dos muros da escola.

O crescimento do números de profissionais treinados pelo MEC dá uma ideia da evolução desses problemas: em 2004, na primeira edição da capacitação, foram 5.000 educadores provenientes de mil escolas públicas do país. Neste ano, serão 25.000, de 4.658 unidades de todos os estados.

"A ainda há uma demanda reprimida de mais de 15.000 vagas", afirma Paulina, da Senad. "Precisamos preparar os professores para que eles saibam abordar o problema de drogas nas escolas, além de realizar o encaminhamento adequado para a rede de serviços de atenção a usuários e seus familiares".

De acordo com pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, 57% dos jovens entre 12 e 17 anos consideram que obter drogas em "qualquer momento" é "muito fácil". Em 2001, 48,3% já tinham ingerido álcool; três anos depois, eram 54,3%. O consumo de maconha também subiu: de 6,9%, em 2001, para 8,8% em 2005.

Por Marina Dias

Retirado de: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/vestibular/drogas-perigo-ronda-escolas-512659.shtml

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Será que vale a pena? (Escrito por Márcio Pires em Setembro de 2003)

Um dia me perguntei se valeria apena? Comecei a pensar no que fazer para que valesse a pena. Vale a pena sorrir? Vale a pena amar? Por quê? Um sorriso, mesmo desconhecido, também me alegra, me emociona e faz com que meu dia seja melhor. Sem que ninguém perceba, também abro um enorme sorriso, mesmo que interiormente. A alegria e a felicidade são contagiantes. Mesmo de outros. Mesmo de anônimos. Mas a felicidade não pode ser anônima. E o amor? É gostoso amar. Temos medo dele. É um fantasma que mesmo quando pensamos estar enterrado, volta e nos assombra com a força de um vulcão em plena errupção. Causa-nos dor, e tudo que dói nos causa temor. Mas é um medo que afaga a alma, que mesmo quando fere nos faz falta. Infinitamente justificável toda a sua fúria: "fogo que queima sem se ver", "ferida que dói e não se sente", "contentamento descontente", como uma droga que vicia e sempre exige uma dose maior. Depois de tudo, descobri que vale a pena. Ou para você não vale?

domingo, 22 de novembro de 2009

Mamografia: ninguém me convence a esperar até os 50

Algumas razões para fazer o exame mais cedo

POR CRISTIANE SEGATTO

A partir de que idade as mulheres devem começar a fazer mamografia? Aos 40 ou aos 50? Essa é uma das grandes controvérsias recentes da medicina. Na última década, foram divulgados vários estudos e recomendações conflitantes. Nos últimos dias, a discussão recomeçou. Os especialistas debateram. E, como sempre, as mulheres ficaram sem saber em quem acreditar. A confusão começou quando um painel de especialistas em prevenção que faz recomendações ao governo americano divulgou uma nova diretriz. Segundo o grupo, mulheres que não pertencem ao grupo de risco (sem histórico familiar de câncer de mama, exposição repetida à radiação ou mutação genética específica) devem começar a fazer mamografia a partir dos 50 anos e repeti-la a cada dois anos. A recomendação atual é fazer o exame anualmente a partir dos 40. O painel concluiu que nos Estados Unidos há excesso de exames. Isso significa desperdício de dinheiro e pouco benefício. Os especialistas reconhecem que a mamografia salva vidas de mulheres na faixa dos 40 anos. Mas, nesse grupo etário, o custo-benefício é pouco favorável. Nos Estados Unidos, uma morte é evitada a cada 1.904 mulheres que fazem mamografia dos 40 aos 49 anos. O resultado é um pouco melhor no grupo de 50 a 59 anos: uma morte é evitada a cada 1.339 pacientes. O benefício se torna inequívoco na faixa de 60 a 69 anos: uma morte é evitada a cada 377 pacientes submetidas ao exame. A mudança proposta nos Estados Unidos visa combater o excesso de exames, biópsias e tratamento desnecessários. A justificativa: quando o exame aponta algum sinal suspeito de tumor maligno, o médico pede uma biópsia. Muitas mulheres sofrem o desconforto e o stress de se submeter ao procedimento quando na verdade não têm câncer. Em outros casos, o câncer é confirmado. A mulher enfrenta um tratamento agressivo (quimioterapia e radioterapia) para conter a doença. Acontece que alguns tumores crescem tão lentamente que – mesmo sem serem combatidos – não matam. Ou seja: a mulher morre de outra causa antes que o tumor tenha tempo de causar danos.


Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105829-15230,00-MAMOGRAFIA+NINGUEM+ME+CONVENCE+A+ESPERAR+ATE+OS.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eram dois... restou um... (Escrito por Márcio Pires em Agosto de 2003)

Tudo o que queria era ser feliz...
Procurava alguma coisa ou alguém.
Encontrou...
Mas era ele e ela...
E ainda não estava satisfazendo toda a
sua expectativa.
Não entendia o por que. (Por quê?)
Encontrava o seu alguém, mas não se
encontrava.
O que estava faltando?
Assim como o clarão de um relâmpago,
sem que esperasse, viu tudo clarear-se
a sua frente.
Percebeu a sutil diferença entre estar feliz
e infeliz.
Quando?
No dia em que percebeu que já não eram
mais ele e ela, eram eles.
E, quando passou a dizer, não eu e ela, mas nós, encontrou o caminho para a felicidade.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O tempo (Escrito por Márcio Pires em Agosto de 2003)

Vários caminhos cruzamos em nossa vida,
e vários ainda cruzaremos.
As estradas nem sempre nos levam onde queremos...
Ao chegarmos a lugares onde impera a tristeza,
o desamor, a infelicidade, não devemos ali parar e
nos acomodar, nos acostumar com aquilo
que não nos agrada, que nos deixa infeliz.
A tristeza, a infelicidade, o desamor, não são
estados permanentes, passam.
Mas quando nossa alma se sentir assim,
que devemos fazer?
Brigar com a vida e piorarmos ainda mais o
nossa estágio atual?
Para estes males da alma, abstratos, não encontramos
remédio em farmácias e drogarias.
Não adianta dizer que uma coisa substitui a outra.
Experimente substituir o amor de mãe.
Para trazer de volta aquilo que supostamente perdemos
no decorrer da vida e nunca nos será devolvido,
não há o que fazer.
O único remédio que eu conheço para curar ou
até mesmo amenizar a dor da alma é o tempo.
Nós não mudamos nada, o tempo faz tudo para nós.
O tempo leva o seu amor, o tempo traz o seu amor.
Então, quando estiveres deprimido(a), tome uma injeção
de tempo e relaxe, tudo vai passar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Passei... (Escrito por Márcio Pires em Junho de 2010)

O universo ficou menor no dia de hoje
A estrela mais longínqua está a nosso alcance
Hoje tudo ficou possível, mas ao mesmo tempo inatingível
Um sorriso criança explica tudo.
Mas a saudade causa embaraço.
Então eu paro, penso e me pergunto:
E amanhã? A saudade ou a solidão?
Me encolho em meu minúsculo universo,
Abraço aquela estrela que está tão próxima,
Mas mesmo ela, não aquece meu coração.
Então a tristeza, que sempre nos ronda,
Tentando deixar em meu peito aquele enorme vazio,
Apodera-se de forma violenta de mim.
E nesse momento tudo fica distante.
É desesperador o limbo da solidão.
Pareço ouvir distante um tilintar.
Até que percebo o telefone...
Será um(a) salvador?
De repente o alívio...
Foi um sonho (pesadelo)...
Paro, penso... me pergunto:
Sonho? Ou realidade?

Por Márcio Pires (Junho de 2003)

sábado, 14 de novembro de 2009

Um ser humano melhor a partir da Educação

É a partir da educação, da formação e da cultura, enfim, do modelo de vida de um povo, que se torna possível compreender a história, onde a educação e o homem sempre estiveram trilhando passos conjuntos. Neste sentido, percebemos que não apenas o valor, mas toda a concepção que temos de homem, só é possível porque possuímos em nossa essência o princípio da educação. A educação está envolvida em tudo que diz respeito ou refere-se a nossa vida, desde as condições de nossa inserção no mundo material, no mundo social e cultural, até a inserção no mundo de nossos sentimentos e emoções. Em tudo a educação é referência. O homem é um ser essencialmente histórico, político, social e cultural. Por isso, a educação não pode ser isolada dessa realidade. Ela faz parte de todo o círculo que envolve a natureza humana, assim não deve ser vista simplesmente como uma disciplina curricular. Pelo contrário, educação é justamente um processo contínuo de formação e inculturação. Muito diferente de ser uma fase ou etapa que termina com o ingresso do homem na fase adulta ou no trabalho, ela acompanha o destino do ser humano em todas as idades, até seu fim último. A educação deve acompanhar e formar o homem em sua totalidade, de modo que ele esteja à altura das funções que lhe incumbem nesta vida, e até mesmo prepará-lo para a morte. Através do princípio da educação, o homem impulsiona o conhecimento e a descoberta do outro. É o caminho do homem consigo mesmo e com a história que ele mesmo constrói. Portanto, a educação é o foco central da descoberta e investigação da história humana, enquanto busca pela essência e valor do ser humano. A educação deve ser observada como manifestação histórica da cultura que herdamos ao longo de todo o processo e que foi passando de geração em geração. Ela é, acima de tudo, o meio pelo qual o povo recria perpetuamente as condições da própria existência, transmitindo firmemente suas crenças, valores e habilidades. Neste sentido, vale lembrar que a educação não se reduz à mera transmissão de saberes; mas ela faz parte da dinâmica de construção cooperativa do homem. Portanto, educação entendida nesta ótica seria reconduzir o ser humano para que ele se descubra como valor-fonte de toda experiência possível. Educar é mostrar que a semente do conhecimento está dentro de cada indivíduo, e só depende dele para produzir frutos. Neste processo de reconhecimento sobre o papel da educação, podemos afirmar que a mesma serviu desde o início da humanidade como farol, fazendo com que os valores se agregassem às novas conquistas, renovando-se continuamente. O sentido primordial da educação está reservado aos seres humanos, pois a educabilidade é uma dimensão que caracteriza o homem. É um compromisso humano. Poder-se-ia dizer que é o mais humano e mais humanizado de todos. O homem vai transformando-se em homem pela aprendizagem que vai adquirindo. A educação é central na história do homem e é a partir dela que o indivíduo vai se desenvolvendo e tornando-se numa pessoa socialmente reconhecida e aceita dentro de um determinado grupo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Falta Luz...

Não posso falar pelo resto do Brasil, talvez nem pelo restante dos municípios goianos, mas posso falar pela cidade onde eu resido, Água Limpa. Aqui vivemos uma situação difícil e inusitada (penso eu). Ontem (10/11/2009) foi dia de apagão em grande parte do Brasil e por incrível que pareça, aqui a energia não acabou à noite, mas sim pela madrugada durante um temporal e assim ficou por quase todos o dia. Isso realmente acontece. Mas não posso reclamar de falta de energia provocada por fenômenos naturais. Mas posso reclamar de falta de energia sem motivo aparente. E o que é pior, a todo momento. Não me recordo de um dia sequer em que a energia elétrica aqui de casa não tenha acabado, mesmo que tenha acabado e voltado ao mesmo tempo. E isso é terrível para os equipamentos elétricos-eletrônicos que possuo e uso a todo momento (como o pc é claro). Pensei até em processar a CELG (a companhia de eletricidade aqui de Goiás), mas pensei que talvez ficasse mais caro que os inúmeros aparelhos eletrônicos que foram danificados e trabalhos perdidos por estas quedas bruscas de energia. São telefones sem fio, peças de computadores das mais variadas, etc. Enfim, será que ninguém vai olhar para nós e com um pouquinho de piedade resolver este problema? Ou será que isto é presságio de um apagão eminente e breve que assolará o Brasil? Deus nos proteja!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre a vida...

Nós humanos somos seres estranhos. Nunca estamos felizes com nada. Vivemos sempre buscando algo que não temos, e o que temos já não nos importa. Algo como: a felicidade está em um patamar acima do nosso e estamos sempre a buscá-la. Enfim, por mais que tenhamos bens, saúde, uma família, sempre falta algo. Que seja algo distante, que seja impossível, pois será isso que iremos desejar, ainda que o que precisamos, de fato, esteja ao alcance de nossas mãos. Carros, casas, bens, dinheiro, dinheiro. Seria essa a definição ideal de felicidade? Não sei, a resposta não é tão simples. Talvez a felicidade não se resuma nessas coisas, em bens materiais, embora estas coisas ajudem muito. Talvez, as coisas mais valiosas que temos, por mais démodé que seja, são amores. Não amores carnais apenas, paixões, mas sim amores, amores pelo simples viver, do amanhecer de um dia, de uma vida envolta de prazeres simplórios, e que não são necessariamente relacionados a dinheiro. Tá, reconheço que isso é filosófico demais, mas é realidade. Afinal, a vida deve ser encarada como um simplicidade impressionante, porque a vida é mesmo complexa. Mas é difícil ver simplicidade na vida, porque, aliás, a felicidade é, além de tudo, complexa. Quando criança, eu queria ser adulto, mas por que cargas d’água hoje eu gostaria de ser criança? Por que sentimos falta daquilo que tivemos, e que sempre desejamos descartar? Afinal, o que te faz feliz? O que nos faz feliz? O que é ser feliz? Talvez seja a esperança de saber que o amanhã poderá ser melhor, e é por isso que batalhamos hoje. É, talvez ser feliz seja isso: viver o que temos pra viver da maneira que podemos.

sábado, 7 de novembro de 2009

O papel de cada um...

A idéia de que o mundo está pronto e de que nele reside a reserva de conhecimento
(igualmente pronto) que precisamos adquirir construiu e manteve, durante séculos, uma
escola totalmente adaptada a esse modelo. Descrever o mundo, seus fenômenos,
processos e caracterizar os métodos e técnicas de intervenção nesse mundo sempre foi o principal papel da escola. Tudo sempre esteve muito bem “arrumadinho”: professor ensina algo inquestionável, aluno aprende e reproduz exatamente como aprendeu e todos são felizes para sempre, como nos contos de fada. Mas esse conto continua e depois do “final feliz”, tem início um período sombrio, recheado de incertezas, novos paradigmas e impulsionado pela mudança cada vez mais intensa e freqüente.
A expressão “dar aula” é fruto da era do “mundo pronto”. Num contexto de mundo
inacabado e em constante mudança nós não temos nenhuma aula a “dar”, mas sim a
construir, junto com o aluno. O aluno precisa ser o personagem principal dessa novela
chamada aprendizagem. Já não tem mais sentido continuarmos a escrever, dirigir e atuar nessa novela unilateral, na qual o personagem principal fica sentado no sofá, estático e passivo, assistindo, na maioria das vezes, a cenas que ele não entende. As novelas “de verdade” já estão incluindo o telespectador em seus enredos, basta observarmos a freqüência de pesquisas populares que norteiam o autor na composição de personagens e definição dos rumos da estória.
Dar aula cansa, frustra e adoece. Cansa porque precisamos manter os alunos quietos
e prestando atenção em algo que eles, geralmente, não sentem a mínima necessidade de
aprender. Para que eles supostamente aprendam (leia-se fiquem quietos, olhando para o
professor), muitas vezes desprendemos uma energia sobre-humana, que vem geralmente
acompanhada de frustração e desespero. A doença, é conseqüência direta dessa situação.
Aprender é fruto de esforço. Esse esforço precisa ser a busca de uma solução, de
uma resposta que nos satisfaça e nos re-equilibre. Na medida em que nos preocupamos
mais em dar respostas do que fazer perguntas, estaremos evitando que o aluno faça o
necessário esforço para aprender. Eis o passaporte para a acomodação cognitiva. Dar a
resposta é contar o final do filme. Poupa o sofrimento de vivenciar a angustia de imaginar diferentes e possíveis situações de exercitar o modelo de ensaio-e-erro, enfim, poupa o aluno do exercício da aprendizagem significativa.
Num contexto de “mundo pronto” a resposta fazia sentido. Num contexto de “mundo
em construção”, a resposta impede a aprendizagem. Além de que, a perspectiva do vir-a-ser exige busca constante. Se num mundo dinâmico paramos de buscar, saímos da sintonia desse mundo e nos desconectamos do processo global de desenvolvimento.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Porque é preciso mudar

Não são poucas as vezes ao longo de nossas existências que simplesmente sentimos que devemos mudar alguma coisa em nosso comportamento, em nossas atitudes, em nossas opiniões, em nossos conceitos.
Nem sempre se trata de grandes mudanças, nem sempre são estas urgentes ou graves, nem sempre são radicais. Os motivos que deflagram a necessidade de não mais permanecermos agindo ou vivendo da mesma forma é que determinarão a magnitude e a urgência das mudanças. Estas, nem sempre, são conscientes. Operam-se sem que conscientemente sintamos o processo. Mas já se sabe que grande parte de nosso comportamento, nossas atitudes e nossas reações constitui reflexos, num primeiro momento, pelo menos, do nosso inconsciente, e não do nosso consciente. Talvez por isto, conseguimos muitas vezes, apesar dos aparentes obstáculos (conscientes), mudar.
Entretanto, falemos aqui da mudança consciente. Algumas vezes, descobrimos que precisamos mudar um comportamento através de um conselho ou sugestão de um amigo. Outras, devido a uma experiência completamente inusitada e que nos trouxe conseqüências que nos levaram a repensar nossa vida. Existem ainda momentos em que descobrimos que alguma situação não mais nos satisfaz, ou que não estamos agindo da melhor forma, ou que um defeito nosso atrapalha não apenas nossa vida como também a vida dos que conosco convivem. E aí, queremos, devemos e muito provavelmente podemos mudar.
Nestes e em outros casos, o ponto de partida para a mudança e adoção de novo comportamento e novas atitudes será a adoção de uma outra visão, uma nova postura, um caminho diferente, quando não totalmente contrário ao que viemos palmeando.
Mas como é difícil mudar!! Trata-se de arrancar hábitos longa e cuidadosamente arraigados, interromper vícios que nem percebíamos ter e desaprender e descontinuar vários comportamentos que, por ignorância, julgávamos corretos. E, conseqüentemente, toda uma vida estruturada nesses hábitos, vícios e comportamentos será modificada, muito ou pouco. Ou quase totalmente.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Como aprender...

Não é novidade que os alunos não são iguais, não aprendem da mesma maneira e não fazem as coisas segundo um mesmo padrão. No entanto, a escola insiste em tratar uma sala de aula como sendo uniforme, assumindo que todos assimilam a informação do mesmo modo. O quanto realmente os alunos diferem em termos da capacidade de aprender ou em termos de assimilação de informações só fica evidente no cômputo das tarefas realizadas, em termos de notas nas provas ou nas tarefas. Porém, essas diferenças são muito mais complexas e com implicações mais profundas do que as diferenças nas notas no final do semestre.
Um ambiente de aprendizagem, no qual todos (alunos e professor) tenham consciência de como aprendem, reflitam e conversem sobre suas próprias preferências de aprendizagem, observem quais fatores podem interferir positiva ou negativamente, certamente propiciará mais oportunidades de desenvolvimento de estratégias que auxiliarão a todos os envolvidos tornarem-se aprendizes mais capazes de lidar com as diferenças individuais e com as variadas situações de aprendizagem na escola e na vida.
Com isto, o professor vai conhecendo seu aluno e ajudando-o a tornar-se consciente das suas preferências de aprendizagem. A idéia é que o próprio aluno, ao longo da sua vida na escola (e fora dela) possa ir certificando-se de como aprende e desenvolvendo habilidades e estratégias que o tornem um aprendiz mais eficiente nos diferentes ambientes de aprendizagem que encontrar. À medida que ele vai se conhecendo ele pode ir adequando suas preferências de aprendizagem às atividades que realiza e vice-versa.

domingo, 1 de novembro de 2009

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Música de qualidade...

Dia de Finados II

"É mais fácil suportar a morte sem pensar nela do que suportar o pensamento da morte sem morrer." (Blaise Pascal)
"Você possui apenas aquilo que não perderá com a morte; tudo o mais é ilusão." (Autor desconhecido)
"Os homens temem a morte como as crianças temem ir no escuro; e assim como esse medo natural das crianças é aumentado por contos, assim é o outro." (Francis Bacon)
"Existem três tipos de pessoas: as que se preocupam até a morte, as que trabalham até morrer e as que se aborrecem até a morte." (Winston Churchill)
"Nesse mundo, nada é certo alem da morte e dos impostos."
(Benjamin Franklin)
"A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender."
(Albino Teixeira)
"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera." (Benjamin Franklin)
"O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte."
(Friedrich Nietzsche)
"O objetivo da vida é criar melhor defesa contra a morte." (Primo Levi)
"Se pudesse viver novamente, na próxima vida tentaria cometer mais erros." (Jorge Luis Borges)
"Não é de morrer que tenho medo. É de não vencer." (Jacqueline Auriel)
"Todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer." (Autor desconhecido)
"Morrer, só se morre só. O moribundo se isola numa redoma de vidro, ele e a sua agonia. Nada ajuda nem acompanha." (Rachel de Queiroz)
"Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada." (Fernando Pessoa)
"Se deixo errar meus pensamentos, não encontro ninguém. O melhor, afinal de contas é a morte." (Lou Andreas Salomé)
"- A vida vale a pena? Isso não é pergunta que se faça a um homem, mas a um embrião." (Samuel Butler)
"Senhor, ensina-me a viver de modo a temer o túmulo tão pouco quanto minha cama." (Thomas Ken)
"A diferença entre sexo e morte é que com a morte você pode fazê-lo sozinho e ninguém irá rir de você." (Woody Allen)

Dia de Finados I

Um dos cultos mais antigos e que esteve presente em quase todas as religiões, em especial as mais antigas é o culto aos mortos. A principio era ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Para os mais antigos, os mortos eram como sementes, e por isso eram enterrados com vistas à ressurreição.
O dia dos mortos na prática da Igreja Católica surgiu como uma ligação suplementar entre mortos e vivos. O mundo em geral, tanto religiosos como profano aderiu a tal prática. No século I, os cristãos visitavam os mortos em seus túmulos para rezar pelos que morreram, mas iam apenas ao tumulo dos mártires.
Já no século V, um dia do ano era dedicado para rezar por todos os mortos, a igreja rezava por aqueles que ninguém mais lembrava. Exatamente no século X, a Igreja Católica estabeleceu um dia oficial para os mortos (Dia de Finados). Foi a partir do século XI, que os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX passaram a forçar a comunidade a dedicar um dia aos mortos.
No século XIII, tal data passou a ser comemorada no dia 2 de novembro, pois no dia 1º de novembro é a festa de Todos os Santos (celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados). Atualmente as pessoas comemoram o dia dos mortos, levando flores aos túmulos e participam dos eventos ecumênicos de tal data.