quarta-feira, 30 de julho de 2014

5 Passos para conseguir uma Atitude Positiva na Vida

Vamos então por partes:

PASSO 1: TOME CONSCIÊNCIA QUE TER ATITUDES POSITIVAS É UMA ESCOLHA

Por muito difícil que seja admitir, você escolhe sempre os estados emocionais em que se encontra, pode é ter mais ou menos consciência disso. Lembre-se que os sentimentos, são isso mesmo, sentimentos que se referem à percepção que estamos a ter em relação a alguma coisa que está a acontecer na nossa vida. Como tal, os sentimentos em si mesmo, não são bons nem maus, são apenas informação. Nós é que interpretamos como bom ou mau, aquilo que sentimos, e a partir daí, escolhemos a atitude a ter face à situação que estamos a viver, ou aquilo que estamos a pensar.
Aquilo que importa você saber: é que perante a sensação que se tem de sentimentos e pensamentos negativos, pode aceitar o que está a sentir, e depois, mudar o seu estado interno e colocar-se numa atitude positiva, com pensamentos orientados para a solução.
Dou-lhe o seguinte exemplo, se alguém partir uma perna, no processo de recuperação, sempre que a colocar no chão, irá sentir dor (a dor aqui é benéfica, pois informa e relembra a pessoa que tem um problema na perna e temporariamente tem de ter mais atenção), depois numa tentativa de se sentir melhor, irá usar as outras partes do seu corpo no sentido de se  conseguir movimentar, mais devagar claro. O que se passa neste exemplo, é que a pessoa apesar de ter um problema, não se confunde com o problema, sente que é capaz de se ajudar a ela própria e ao problema (perna partida), e assim fazer uma recuperação mais eficaz. Arrisco a dizer, que esta pessoa teve uma atitude positiva face à sua situação, porque teve consciência do seu problema e decidiu-se a organizar as outras partes do corpo que estavam funcionais, e fazer o que estava ao seu alcance. Isto é sem dúvida um atitude positiva.
Dica 1: Ao sentir-se desanimado, desesperançado, triste, tente lembra-se que é a sua “perna partida” a queixar-se, é o seu problema a manifestar-se, a chamar-lhe a atenção. Deverá esforçar-se para não se identificar com esses sentimentos incapacitantes, e dizer para si: “isto é o meu problema a queixar-se”, depois decida levá-lo em consideração e faça algo para se ajudar, algo de capacitador e positivo. Decida-se a melhorar, a procurar uma solução, não se renda. Acredite em si e faça coisas construtivas.

PASSO 2: LIVRE-SE DA NEGATIVIDADE

Se você pretende viver uma vida de alegria e felicidade, não pode de forma nenhuma alimentar os seus pensamentos negativos, movimentar-se de acordo com eles e muito menos tomar decisões num estado crónico de negatividade. Os pensamentos passam na sua cabeça tal qual os balões de fala nos livros aos quadradinhos de banda desenhada. Se partirmos desta analogia, isto é capacitador pois permite-lhe aplicar a técnica que apelido de Zoom. À medida que os pensamentos vão surgindo na sua cabeça, se tomar consciência deles, e verificar que são destrutivos e incapacitantes, não tem necessariamente que os seguir, nem tão pouco tentar eliminá-los. Ter pensamentos negativos não é pernicioso. O que prejudica é deixarmo-nos dominar por eles, e tomar decisões baseadas nesses pensamentos distorcidos pela percepção ou incapacidade do momento.

Então o que fazer:

Dica 2: Técnica do Zoom, ao perceber que está a ter pensamentos negativos, pode criar na sua mente outro “balão” com outras frases mais capacitantes e com a técnica de Zoom focar-se nelas, os pensamentos negativos automaticamente desaparecem como se de nuvens negras no céu se tratasse.
Dica 3: Técnica de mudar de canal, imagine agora que vai ao volante do seu automóvel, e que na rádio que está a ouvir passa uma música que detesta, que lhe trás lembranças desagradáveis e o coloca num estado mal-humorado. Acredito que a tendência será para mudar de canal. Isto é exactamente o que pode fazer na sua mente, sempre que se aperceba que está a ter pensamentos de negatividade, mude de canal, emparelhe a técnica de Zoom e foque-se em algo positivo e construtivo, algo de que goste.

PASSO 3: OLHE PARA O LADO POSITIVO DA VIDA

Podem não existir aspectos positivos em tudo. Acredito que muitas coisas não têm nada de positivo ou construtivo na nossa vida. E por certo todos nós já fomos confrontados com situações destas nas nossas vidas. Quanto a estes acontecimentos nada podemos fazer, dado que não os controlamos. Mas as respostas e reacções a eles, sim, podemos escolher o que fazer, que acções tomar e que atitude adoptar. As coisas que nos acontecem, em si mesmas podem não ser positivas, mas a forma como nos organizamos face a minimizar os danos colaterais ou a tentativa de reverter a situação, essa sim, pode e deve ser positiva. Está ao nosso alcance e depende unicamente de nós.


Dica 4: Padrão de interrupção, quando fazemos algo repetidamente, isso torna-se um hábito, e os padrões de negatividade tomam o controlo da sua mente. É importante trabalhar no sentido de arranjar qualquer coisa que interrompa definitivamente os pensamentos não desejados. De forma imaginada veja-se na situação desconfortável e incapacitante, pare, agora substitua mentalmente os pensamentos e emoções por outros mais positivos e que desejaria vir a ter na próxima vez que possa sentir que está a gerar padrões de negatividade. Em seguida, tente perceber como se sente, provavelmente bem melhor que a última vez que se sentiu mal. Óptimo, agora reforce esses pensamentos, sentimento e/ou auto-discurso, e diga a você mesmo que é isso que fará na próxima situação negativa. Sentir-se-á certamente bem melhor.
Dica 5: Padrões de negatividade como alerta, Uma da formas mais comuns de ficarmos com uma atitude incapacitante, é quando ignoramos e não tomamos consciência do quão desconfortáveis e negativos os nosso pensamentos são. Muitas pessoas dizem: “eu não quero pensar sobre isso, porque isso aborrece-me, irrita-me, fico chateado”. O desapontamento, a tristeza, o aborrecimento e o medo são sinais (sentimentos) que nos alertam para a necessidade de enfrentarmos a situação. A negatividade pode ser um motivador poderoso – quando detetamos uma atitude negativa, deveremos fazer alguma coisa, devemos agir na tentativa de mudá-la.
Dica 6: Foque-se no que é positivo, tente perceber que características possui em si que o passam ajudar a melhorar aquilo que deseja. Centre-se nas suas forças e virtudes que o caracterizam ou caracterizavam no passado. Lembre-se das vezes em que esteve em situações difíceis, e como foi bem sucedido, quando se esforçou para arranjar uma solução. Se nos colocarmos num estado de capacidade, de coragem e combatividade, a nossa mente irá procurar na sua base de dados informação para arranjar uma solução. Dê uma ordem direta a si próprio, “vou ser capaz, vou arranjar uma forma de…, mesmo que seja difícil irei arranjar uma maneira”.

PASSO 4: REFORCE A POSITIVIDADE EM SI

Assim que consiga começar a detectar os padrões de negatividade e tomar controlo sobre os seus pensamentos e consequentes decisões a tomar, as suas redes neuronais irão iniciar um processo de mudança e reforço. Cada vez que conseguir reverter um estado de incapacidade ou uma atitude negativa, para uma atitude mais capacitadora e positiva, esses caminhos neuronais que foram activados aumentarão a sua força de resposta. Isto quer dizer que aumentou a probabilidade de voltar a pensar da mesma forma em situações futuras, até que se estabeleça um padrão de respostas comportamentais mais satisfatório. Este processo funciona como quando se treina um músculo, quanto mais exercitar este tipo de raciocínio, mais forte ficará.
Dica 7: Presenteie-se, de forma imagina ou de forma material, reforce a sua atitude positiva face aos obstáculos e situações de vida difícil, com um presente. Pode dizer para sim próprio: “Boa, consegui”, “Fui corajoso o suficiente para obter sucesso”, “fiquei muito contente, sou mesmo inteligente”. Comprometa-se consigo, se conseguiu vencer algo que até então não tinha conseguido, marque uma massagem, vá a um bom restaurante, e diga para si, este é um presente que ofereço a mim próprio pela atitude que consegui ter.
Do ponto de vista psicológico, isto é extremamente importante, pois você reforça a sua própria capacidade e reconhece que possui em si características que merecem ser recompensadas. Este acto faz com que valorize, e ganhe o hábito de se reforçar, de estar de bem consigo próprio. Isto é muito capacitante, positivo e enriquecedor. A relação de apoio que conseguimos estabelecer connosco mesmo é muito poderoso.

PASSO 5: PARTILHE A SUA FELICIDADE COM OS OUTROS

Você precisa de ser positivo consigo próprio perante este novo e renovado padrão de atitude positiva para que possa realmente ter efeito, mas necessita igualmente mostrar-se positivo com os outros. É reforçador e reconfortante a partilha da sua positividade ao mundo.
Existe uma forma muito simples de poder executar isto. Seja agradável com as outras pessoas, diga a alguém que simpatiza com ela. Elogie alguém por alguma característica que goste nessa pessoa. Diga a alguém muito significativo para você, o quanto o ama e como essa pessoa é importante.
Quando alguém estiver em baixo, não se junte nas lamurias, puxe-o para cima, anime-o. Compre-lhe um presente, convide-o a tomar um café. Perceba em si o quanto de bom tem para oferecer para os outros. Olhe para si como alguém que também é capaz de ajudar os outros. Tente não apenas tratar os outros como gostaria de ser tratado, mas também considerar como eles gostariam de ser tratados.
As pessoas apreciam a positividade e quanto mais você compartilhar com os outros, mais você pratica a atitude positiva reforçando-a na sua própria vida.

PALAVRAS FINAIS PARA O HÁBITO DA ATITUDE POSITIVA

Se você sentir que a ideia de ser uma pessoa positiva é difícil, diga a si mesmo: “Se alguém que realmente lutou contra uma atitude negativa, conseguiu mudar a sua vida. Então eu com a aplicação destas cinco etapas, também posso iniciar esse processo.” Acredite em si mesmo e relembre a lição mais importante de todas – ter uma atitude positiva é uma escolha. Escolha ser positivo, escolha ser feliz, a vida está ai para ser vivida da melhor forma possível, escolha a sua!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



O trabalho com crianças deficientes nas instituições de Educação
Infantil requer o enfrentamento de muitos desafios por
parte dos profissionais envolvidos nessa tarefa, desde a mudança
de concepção e de postura perante esse sujeito até a própria
capacitação para trabalhar com elas. Ademais, há que se considerar
que essa atuação ocorrerá em um campo da educação
que vem sofrendo várias alterações nos últimos tempos, tanto
na sua forma de conceber a criança e de gerir políticas voltadas
para seu atendimento quanto nas questões que envolvem o fazer
pedagógico.
Educar crianças menores de 6 anos implica o envolvimento
com certas tarefas que são mais específicas dessa faixa etária,
como os cuidados com segurança, higiene, saúde, alimentação,
repouso e recreação. Além disso, os educadores da infância não
podem se descuidar dos aspectos do desenvolvimento que precisam
ser estimulados, como o cognitivo, o socioemocional, o
físico-motor e a linguagem. Essas tarefas devem ser executadas
tendo em vista o principal objetivo da educação, que é desenvolver
o processo ensino-aprendizagem e demais experiências
educacionais, de modo a formar o cidadão crítico e participativo,
o que nessa etapa envolve, dentre outros, o trabalho com as
áreas do conhecimento.
Conforme apresentado no Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil (1998),1 a Educação Infantil deve possibilitar
que as crianças tenham experiências que contribuam para o seu
processo de formação pessoal e social, a ampliação de seu conhecimento
de mundo, a construção de sua identidade e autonomia,
a aquisição de diferentes linguagens e o estabelecimento
de relações com os objetos de conhecimento (movimento,
música, arte, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e
matemática). É com base nessas premissas que os três volumes
que compõem o Referencial estão estruturados, tendo em vista
os objetivos da Educação Infantil expressos nesse documento.
O brincar é a atividade privilegiada no trabalho com crianças
pequenas, possibilitando, dentre outras coisas, a construção do
eu e das relações pessoais, o desenvolvimento do pensamento
e da linguagem, o ingresso no mundo simbólico por meio da
fantasia e do faz-de-conta e a expressão de ideias, sentimentos
e emoções. O educador deve incentivar as interações sociais e
o brincar na criança, reconhecendo nessas atividades seu valor
para a aprendizagem, considerando que, numa perspectiva
sociointeracionista,
Em uma instituição que desenvolva uma proposta inclusiva, a
Educação Infantil deve, ainda, respeitar o princípio da Educação
para Todos, que é o de educar, sem distinção, todas as crianças,
garantindo-lhes uma educação de qualidade, que atenda a suas
necessidades e especificidades. Isso pressupõe fazer modificações
na estrutura organizacional e na proposta pedagógica da
instituição, além de requerer um investimento nos recursos humanos,
buscando eliminar preconceitos e barreiras, conscientizar
pais, alunos e professores e investir na formação de profissionais
da educação.

terça-feira, 1 de julho de 2014

QUALIDADE DE VIDA E EDUCAÇÃO

Globalização e qualidade de vida são palavras relativamente novas em nossos dicionários, porém representam fenômenos e paradigmas que deveriam ser entendidos e amplamente discutidos não só nos meios acadêmicos, políticos e empresariais, mas por toda a população, pois representam processos e construtos ideológicos que, direta ou indiretamente, afetam dramaticamente o nosso modo de vida e as perspectivas de bem-estar, não só de nossa, mas também das futuras gerações.
Esses construtos ideológicos, ao se tornarem paradigmas, ditam o nosso modo de perceber a realidade. Santos (2003), por exemplo, verificou que entre os acadêmicos de graduação de cursos tecnológicos – cursos que por suas características específicas, geralmente, apresentam uma tendência ideológica mais positivista e neoliberal – a concepção e percepção de qualidade de vida se reduz à conquista de bens materiais e status social sem maiores reflexões sobre as conseqüências disso para a sociedade, ou seja, uma busca egoísta de ascensão social e poder através de conquistas materiais sem reflexão sobre a responsabilidade social de cada um.
Estudiosos afirmam que a globalização é um processo irreversível que trás sérias mudanças socioeconômicas em dimensões planetárias. Ela é definida como a integração entre os mercados produtores e consumidores de diversos países (CARVALHO, 1999). Todavia, essa é uma definição simplista para um fenômeno complexo e multidimensional que apresenta diversos paradoxos nem sempre bem compreendidos e que dificultam a sua avaliação sobre as conseqüências para a qualidade de vida dos indivíduos e das sociedades. Não é difícil constatar que a integração de mercados altera o modo de vida das pessoas, suas ambições, suas perspectivas, seus desejos de consumo e reconhecimento. Richars (1991) afirma que através da propaganda de massa, novos produtos invadem nossas casas diariamente... Tudo se torna efêmero, descartável e a posse desses produtos – sempre os mais modernos – torna-se uma forma de exibição de status social. Dessa forma, percebe-se que a globalização é um fenômeno maior que a simples e inocente integração de mercados. Ela um processo que denota uma competição pela conquista de novos mercados por meio da difusão de massa de valores como o individualismo e o materialismo para a conquista de poder que, por sua vez, tenta impor a todas as nações, uma cultura global de interesse ao capitalismo e que se reflete no modo como as pessoas percebem e entendem suas perspectivas de qualidade de vida. Entende-se aqui, qualidade de vida como uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera como seu padrão de conforto e bem-estar, ou seja, a percepção de suas necessidades objetivas e subjetivas (MINAYO et all, 2000).
Avaliar a qualidade de vida é sempre uma missão penosa, pois se trata de um constructo que apresenta diversas facetas que se integram e interagem com as necessidades e desejos de cada indivíduo dentro de limites impostos culturalmente e que são profundamente influenciados pelas condições socioeconômicas de cada camada da população (ASSUMPÇÃO et all, 2000; FLECK et all, 1999). Assim, parâmetros subjetivos (bem-estar, felicidade, amor, prazer, inserção social, liberdade, solidariedade, espiritualidade, realização pessoal) e objetivos (satisfação das necessidades básicas e das necessidades criadas pelo grau de desenvolvimento econômico e social de determinada sociedade: alimentação, acesso à água potável, habitação, trabalho, educação, saúde e lazer) se interagem dentro da cultura para constituir o que consideramos qualidade de vida.
O grande paradoxo do fenômeno da globalização é que ele ao mesmo tempo em que abriu as janelas para o mundo e ampliou e tornou possível o acesso a certos produtos e serviços que elevam a qualidade de vida das pessoas, também gerou a exclusão e a impossibilidade de desenvolvimento e sobrevivência de uma parcela considerável da população mundial. Isso acontece em todos os países do mundo, porém é muito mais evidente nos países periféricos seguindo uma lógica capitalista desumana e cruel: a transferência das riquezas construídas pelo todo da sociedade para as mãos de uma minoria de elite, ou seja, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres (PINHEIRO, 1987).
Ao considerarmos os efeitos nefastos sobre a qualidade de vida, notamos que os apelos promocionais veiculados nos meios de comunicação de massa promovem uma doutrinação política e ideológica que visa abrir cada vez mais as economias nacionais; reduzir o poder dos governos democráticos; convencer as pessoas de que tudo que vem ou é produzido por empresas dos países centrais é melhor; difundir um estilo de vida individualista, competitivo, egoísta e consumista; e, finalmente, criar desejos nas massas e transformá-los em necessidades (LEBRUN, 2003; MARTINS & CARVALHO, 1999).