segunda-feira, 22 de março de 2021

O EXERCÍCIO DA COMPAIXÃO

Seu filho está expressando as consequências da pandemia, seja no comportamento, na saúde física, psíquica e emocional e/ou no aprendizado em geral? Pois saiba que não é pequeno o número de afetados após um ano de pandemia. E pode aumentar com o retorno gradual, quando ele for possível, às escolas e a outras atividades. Podem surgir sintomas de um quadro de ansiedade intensa por tudo o que já passaram.

Sim, os pais estão ansiosos, temerosos e exaustos por terem tido um grande acréscimo no seu já grande pacote de responsabilidades. Afinal, crianças confinadas em casa dão todo tipo de trabalho imaginável – e os inimagináveis também –, e o ensino remoto dos filhos acrescentou tarefas aos pais com as quais eles não estavam acostumados e, portanto, não tinham experiências acumuladas.

Mas, imagine só: como adultos já temos maturidade – ou deveríamos ter –, recursos pessoais e autoconhecimento suficientes para reagir de modo mais saudável a tantas preocupações e pressões e maior facilidade para expressar as emoções que nos assaltam; sabemos reconhecer a necessidade de pedir ajuda quando necessário e temos já desenvolvido o autocuidado.

E os mais novos? Você já ouviu a expressão “estamos todos no mesmo barco”? Outro dia, li em um texto que estamos sob a mesma tempestade, mas em embarcações bem diferentes. É o caso dos mais novos: eles estão ou à deriva ou em barcos mais frágeis.