quarta-feira, 15 de julho de 2009

A barriga...

Estive pensando sobre a barriga (quem me conhece sabe porque, e não estou falando da minha barriga),e cheguei a algumas conclusões (um pouco óbvias);
Na luta contra a barriga eu sempre estive na defensiva, na luta contra os quilinhos a mais e sempre achei um pouco triste ter (ou possuir) uma "barriguinha" um pouco saliente. Realmente, barrigas são ponto de discórdia e de concórdia, ou seja, há aquelas que valem a pena serem olhadas e aquelas que provocam sorrisos ou gargalhadas.
E a história se repete, caminhadas, exercícios físicos dos mais diversos para "tentar" acabar com ela, mas ela persiste (e nós ajudamos). Descobri que faço caminhada não para perder a barriga, mas para ajudar na minha circulação e claro na minha condição física. Descobri que para emagrecer e diminuir (senão acabar) com a barriga uma reeducação alimentar é o ideal e necessário. De nada adianta corridas e exercícios diversos se não tivermos uma alimentação balanceada, sem exageros. Então, percebi que minha barriga é meu problema, é minha dádiva e ao mesmo tempo meu martírio. Agora, uma convicção que carrego comigo há muito tempo e agora com mais força é de que barriga de mulher grávida é sempre uma bela visão. Isso não implica dizer que toda mulher grávida seja bonita, assim como nem toda criança quando nasce é bonita (apesar de dizermos sempre o contrário). Eu sempre admirei as barrigas das grávidas, até porque ali dentro vai uma vida, uma luz que iluminará todos à sua volta. Luz de amor.


" Mulher Grávida "


Aquela beleza,
aquela que fica para além dos olhos,
que independe de formas,
está em teu corpo.

Durante nove meses
silenciosamente
Deus trabalha
em tuas entranhas

Durante nove meses,
- laboratório de Deus -
és um milagre acontecendo
em todas as suas fases.

Aquela beleza,
aquela que fica para além dos olhos,
que as mãos não modelam,
que os homens não sabem,
que as crianças não percebem,
está em teu corpo.

(Não a beleza externa
da flor,
mas, a recôndita,
da raiz;
não a beleza do adjetivo,
mas a beleza do verbo.

No começo, era o Verbo.)

Até que, de repente,
Deus se revela em ti como um novo dia!

Então
não és apenas mulher, és símbolo, universo,
estrela...

E ao ver-te, (e ao vê-la)
te sigo como o pastor
na direção da alvorada,
me curvo como o lavrador
sobre a terra já semeada,
me ajoelho como o crente
ante a imagem venerada,
me comovo como o Poeta
ao olhar doce da amada.

Prosterno-me
ante a mais simples e inédita
de todas as belezas
(que importa se infinitas vezes repetida?)
- e, humilde e ignorante,
( a alma por um mistério inefável, possuída,)
feito rei e pastor
me maravilho,
ouvindo a Vida cantar
no choro de teu filho!

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