O
trabalho com crianças deficientes nas instituições de Educação
Infantil
requer o enfrentamento de muitos desafios por
parte
dos profissionais envolvidos nessa tarefa, desde a mudança
de
concepção e de postura perante esse sujeito até a própria
capacitação
para trabalhar com elas. Ademais, há que se considerar
que
essa atuação ocorrerá em um campo da educação
que
vem sofrendo várias alterações nos últimos tempos, tanto
na sua
forma de conceber a criança e de gerir políticas voltadas
para
seu atendimento quanto nas questões que envolvem o fazer
pedagógico.
Educar
crianças menores de 6 anos implica o envolvimento
com
certas tarefas que são mais específicas dessa faixa etária,
como
os cuidados com segurança, higiene, saúde, alimentação,
repouso
e recreação. Além disso, os educadores da infância não
podem
se descuidar dos aspectos do desenvolvimento que precisam
ser
estimulados, como o cognitivo, o socioemocional, o
físico-motor
e a linguagem. Essas tarefas devem ser executadas
tendo
em vista o principal objetivo da educação, que é desenvolver
o
processo ensino-aprendizagem e demais experiências
educacionais,
de modo a formar o cidadão crítico e participativo,
o que
nessa etapa envolve, dentre outros, o trabalho com as
áreas
do conhecimento.
Conforme
apresentado no Referencial Curricular Nacional
para
a
Educação Infantil (1998),1 a Educação Infantil deve
possibilitar
que as
crianças tenham experiências que contribuam para o seu
processo
de formação pessoal e social, a ampliação de seu conhecimento
de
mundo, a construção de sua identidade e autonomia,
a
aquisição de diferentes linguagens e o estabelecimento
de
relações com os objetos de conhecimento (movimento,
música,
arte, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e
matemática).
É com base nessas premissas que os três volumes
que
compõem o Referencial estão estruturados, tendo em vista
os
objetivos da Educação Infantil expressos nesse documento.
O
brincar é a atividade privilegiada no trabalho com crianças
pequenas,
possibilitando, dentre outras coisas, a construção do
eu e
das relações pessoais, o desenvolvimento do pensamento
e da
linguagem, o ingresso no mundo simbólico por meio da
fantasia
e do faz-de-conta e a expressão de ideias, sentimentos
e
emoções. O educador deve incentivar as interações sociais e
o
brincar na criança, reconhecendo nessas atividades seu valor
para a
aprendizagem, considerando que, numa perspectiva
sociointeracionista,
Em uma
instituição que desenvolva uma proposta inclusiva, a
Educação
Infantil deve, ainda, respeitar o princípio da Educação
para
Todos, que é o de educar, sem distinção, todas as crianças,
garantindo-lhes
uma educação de qualidade, que atenda a suas
necessidades
e especificidades. Isso pressupõe fazer modificações
na
estrutura organizacional e na proposta pedagógica da
instituição,
além de requerer um investimento nos recursos humanos,
buscando
eliminar preconceitos e barreiras, conscientizar
pais,
alunos e professores e investir na formação de profissionais
da
educação.
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