segunda-feira, 7 de julho de 2014

CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



O trabalho com crianças deficientes nas instituições de Educação
Infantil requer o enfrentamento de muitos desafios por
parte dos profissionais envolvidos nessa tarefa, desde a mudança
de concepção e de postura perante esse sujeito até a própria
capacitação para trabalhar com elas. Ademais, há que se considerar
que essa atuação ocorrerá em um campo da educação
que vem sofrendo várias alterações nos últimos tempos, tanto
na sua forma de conceber a criança e de gerir políticas voltadas
para seu atendimento quanto nas questões que envolvem o fazer
pedagógico.
Educar crianças menores de 6 anos implica o envolvimento
com certas tarefas que são mais específicas dessa faixa etária,
como os cuidados com segurança, higiene, saúde, alimentação,
repouso e recreação. Além disso, os educadores da infância não
podem se descuidar dos aspectos do desenvolvimento que precisam
ser estimulados, como o cognitivo, o socioemocional, o
físico-motor e a linguagem. Essas tarefas devem ser executadas
tendo em vista o principal objetivo da educação, que é desenvolver
o processo ensino-aprendizagem e demais experiências
educacionais, de modo a formar o cidadão crítico e participativo,
o que nessa etapa envolve, dentre outros, o trabalho com as
áreas do conhecimento.
Conforme apresentado no Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil (1998),1 a Educação Infantil deve possibilitar
que as crianças tenham experiências que contribuam para o seu
processo de formação pessoal e social, a ampliação de seu conhecimento
de mundo, a construção de sua identidade e autonomia,
a aquisição de diferentes linguagens e o estabelecimento
de relações com os objetos de conhecimento (movimento,
música, arte, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e
matemática). É com base nessas premissas que os três volumes
que compõem o Referencial estão estruturados, tendo em vista
os objetivos da Educação Infantil expressos nesse documento.
O brincar é a atividade privilegiada no trabalho com crianças
pequenas, possibilitando, dentre outras coisas, a construção do
eu e das relações pessoais, o desenvolvimento do pensamento
e da linguagem, o ingresso no mundo simbólico por meio da
fantasia e do faz-de-conta e a expressão de ideias, sentimentos
e emoções. O educador deve incentivar as interações sociais e
o brincar na criança, reconhecendo nessas atividades seu valor
para a aprendizagem, considerando que, numa perspectiva
sociointeracionista,
Em uma instituição que desenvolva uma proposta inclusiva, a
Educação Infantil deve, ainda, respeitar o princípio da Educação
para Todos, que é o de educar, sem distinção, todas as crianças,
garantindo-lhes uma educação de qualidade, que atenda a suas
necessidades e especificidades. Isso pressupõe fazer modificações
na estrutura organizacional e na proposta pedagógica da
instituição, além de requerer um investimento nos recursos humanos,
buscando eliminar preconceitos e barreiras, conscientizar
pais, alunos e professores e investir na formação de profissionais
da educação.

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