Elencamos, a seguir, algumas situações absurdas
que observamos em relação à reprovação, que muitas vezes é defendida com
verdadeiro “ardor justiceiro”, nos famosos conselhos de classe de final de
ano...
O aluno é reprovado numa escola, vai para outra
como aprovado (por falha na secretaria) e vai bem; só se descobre o problema
quando das vistas no processo para efeito de emissão de certificado da conclusão
do Ensino Fundamental.
O aluno é reprovado apenas numa disciplina,
repete o ano e no final passa naquela, mas é reprovado em outra disciplina que
havia passado no ano anterior...
A mesma prova é analisada, mas tem resultados
substancialmente diferentes e é corrigida por diferentes professores, pelo
mesmo professor, tempos depois, pelo mesmo professor, pensando que é de outro
aluno...
A reprovação muitas vezes não tem a ver
propriamente com as condições cognitivas potenciais da criança, mas é um “acerto
de contas” do professor com o aluno.
Alunos “marmanjos”, que foram reprovados várias
vezes e agora são “problemas”. Se a reprovação ajudasse mesmo, dificilmente o
aluno repetiria mais do que uma vez. No entanto, o aluno no Brasil está levando
em média 12 anos para concluir o Ensino Fundamental, portanto, repetindo 4
vezes...
A partir destas situações e certamente de
muitas outras que poderiam ser acrescentadas, fazemos uma perguntinha
indiscreta: que sentido tem a reprovação?
O que normalmente se esquece é que:
O aluno reprovado é colocado nas mesmas
condições que o levaram ao fracasso.
O aluno reprovado normalmente é rotulado. Tem
professores que, num ato de extrema sensibilidade pedagógica, já pedem no
primeiro dia de aula para os alunos repetentes se identificarem diante da
turma...
O aluno é o único segmento que é
sistematicamente avaliado e que tem consequências drásticas em função do
resultado.
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