Quanto melhor informados e mais cientes da própria responsabilidade, mais nos preocupamos com nossas crianças. Dedicar-se a um ser humano nos anos fundamentais de sua formação e educá-lo, contribuindo ativamente para seu desenvolvimento, é um projeto complexo e trabalhoso - requer tempo, disponibilidade e investimento (econômico e psíquico). Dá um trabalho...
As pesquisas apontam a importância de algumas atitudes por parte dos pais na educação dos filhos. Foram relacionadas dez atitudes/competências que produzem bons resultados na educação deles em ordem de importância. Retiradas de artigos científicos, estão classificadas de acordo com a eficiência com que promovem fortes ligações entre pais e filhos e com o grau de felicidade, saúde e sucesso das crianças. As dez principais habilidades dos pais para criar filhos mais felizes e com maior capacidade de lidar com os problemas na infância e vida adulta são:
- Amor e carinho. É indispensável apoiar e aceitar os filhos, entendendo que são pessoas com ideias e gostos próprios, e respeitar essas diferenças, demonstrando afeto e usufruindo dos períodos passados juntos;
- Administração do estresse dos pais. Praticar técnicas de relaxamento e esportes e investir na própria psicoterapia favorece a capacidade de entender melhor o que sentimos e as chances de cuidar bem de crianças;
- Habilidades do relacionamento. Aqueles que mantêm uma relação saudável com o cônjuge ou com outras pessoas importantes em sua vida demonstram a importância de manter relações afetivas;
- Incentivo à autonomia e à independência. Apesar de ser difícil para alguns pais encontrar a medida certa, é fundamental tratar os filhos com respeito e estimulá-los a se tornar pessoas confiantes e com iniciativa;
- Acompanhar a aprendizagem. Ao valorizarem a curiosidade dos filhos e sua disposição para aprender, os pais lhes prestam um enorme benefício.
- Preparação para vida. É um ato de amor conversar com os pequenos sobre temas delicados como medos, sexo e morte em linguagem acessível, bem como prepará-los para assumir responsabilidades (a mesada, por exemplo, é uma forma de ensiná-los a lidar com dinheiro);
- Atenção ao comportamento. Reforçar positivamente as boas atitudes e recorrer ao castigo somente quando outros métodos, como conversas, já falharam mais de uma vez.
- Saúde. Bons pais propiciam um estilo de vida saudável e estimulam bons hábitos como exercícios regulares, higiene e alimentação adequada para seus filhos;
- Espiritualidade. Apoiar o desenvolvimento da religiosidade e a preservação da natureza, o respeito ao outro e às diferenças, evitando a disseminação de preconceitos e intolerância;
- Segurança. É fundamental o empenho constante para proteger os filhos de situações de risco e manter-se vigilante quanto a suas atividades e amizades.
E se não fosse suficientemente complexo esse processo, a ciência vem comprovar o óbvio: não basta amar, é preciso dizer, expressar, tocar - inventar jeitos de transmitir afeto mesmo quando não se teve essa experiência na própria infância. Para educar bem é preciso buscar ser uma pessoa “equilibrada, capaz de tomar boas decisões e de lidar com as adversidades”... Fácil? Bem que o poeta Vinícius de Moraes avisou: “Filhos, filhos, melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-lo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar de meu blog...