sexta-feira, 13 de março de 2009

OS RECURSOS MULTISSENSORIAIS NA EDUCAÇÃO

Fazer a educação não é mais um processo somente entre interlocutores. Sabemos que o professor do século XXI tem que concretizar em sua formação que a educação não mais se faz pura e simplesmente pela transmissão de seu saber ao aluno. Muito mais que mero facilitador é a pessoa que leva outra pessoa a “aprender a aprender”. Cabe-lhe, portanto, viabilizar um processo que transforme o excesso de informação, a que todos nos sujeitamos, em conhecimento.
Atualmente, a televisão, o cinema, o DVD, o I-pod, o celular, o laptop ou netbook (reprodutores móveis e pessoais de som, de imagem e de outras mídias) e a internet promovem a aliança entre os códigos verbal e não-verbais. Todas essas ferramentas e meios de comunicação fazem parte do nosso cotidiano, seduzindo muito mais que os tradicionais recursos didáticos presentes na maioria das salas de aula, as quais não apresentam o colorido e/ou animação característicos dos novos recursos tecnológicos.
Como a nossa cultura hoje é eminentemente multissensorial, sobretudo por força dos meios de comunicação de massa, a escola não pode ignorar as inovações tecnológicas e os recursos com os quais convivemos. São eles os verdadeiros facilitadores da aprendizagem, porque usam a linguagem da criança e do adolescente; materializam em imagens o que antes era de difícil entendimento ou simplesmente desinteressante para o aluno, ou seja, utilizam toda a “multissensoralidade” das crianças.
Desta forma, não podemos simplesmente esquecer que temos toda essa gama de recursos que estão dentro da realidade dos alunos. Pensar por imagens significa visualizar – para muitos, materializar, concretizar – aquilo que é dito ou expresso por palavras. Não significa algo oposto ou incompatível ao pensar por palavras.
Os sentidos devem ser utilizados em seu todo, como instrumento de aprendizagem, através da percepção da realidade a volta do educando. O problema é que hoje estamos sendo expostos a uma quantidade ilimitada de informação e até a televisão, antes o terror dos professores que não conseguiam cativar mais a atenção de seus alunos, está sendo preterida pelos jovens. Eles agora preferem a internet, pois nela o usuário tem condições de selecionar apenas o que deseja ver/ler/produzir e/ou reproduzir enquanto na TV não há como controlar a quantidade de informações a não ser mudando de canal, para pular de um excesso de informações para outro excesso de informações.
Esse novo poder vem sendo conquistado à medida que a criança vai crescendo diante de uma tela de computador. Ela passa a ter acesso fácil a conteúdos – antes só ensinados na sala de aula – através da tecnologia, que hoje faz parte da vida de todos, principalmente dos que já nasceram depois do surgimento da internet. Talvez, com isso, estejamos vivendo a grande mudança de perspectiva do início do século XXI. O sucesso da ferramenta Google é a prova dessa superficialidade de leitura dos jovens dessa geração. A informação vem em pedaços. Nossos alunos não precisam mais fazer pesquisas em enciclopédias muito menos ler grandes clássicos. Tudo aparece na telinha colorida deles num piscar de olhos: respostas, resumos, trabalhos prontos... O que eles vêem, portanto, são inúmeros “recortes e colagens” de informações.
Dentro dessa realidade, o professor não tem para onde correr ou recorrer, o que resta é enfrentar a realidade que lhe sorri e aproveitar toda essa gama de recursos que contribui, inegavelmente, para a exploração de todos os recursos multissensoriais dos alunos.


COLABORAÇÃO: CIBELE, JAKELINE, LAUREANA, SIMONE E SIRLENE.

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