Ninguém duvida que a educação é o caminho mais seguro para transformar vidas e sociedades. No entanto, quando observamos a realidade, percebemos uma contradição gritante: ao mesmo tempo em que todos reconhecem a importância de um bom professor, poucos desejam que seus filhos sigam essa profissão. Essa postura revela não apenas o desprestígio social da carreira docente, mas também a negligência com que tratamos um dos pilares fundamentais da sociedade.
Paulo Freire já alertava: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Essa frase revela o papel essencial da escola e do professor, mas também evidencia que a transformação exige a participação de todos — família, governo e comunidade. Não basta responsabilizar unicamente os professores pelo fracasso da educação, quando na verdade o processo de ensinar e aprender é um compromisso coletivo.
O educador também lembrava que “não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.” Isso nos leva a refletir sobre o valor de cada pessoa nesse processo. Pais, ao acompanhar a vida escolar dos filhos; alunos, ao assumirem sua responsabilidade como protagonistas de sua aprendizagem; governantes, ao garantir condições dignas para o ensino; e professores, ao não desistirem de sua missão. Cada um tem um papel único e indispensável.
Apesar dos baixos salários e das dificuldades enfrentadas, muitos docentes seguem apaixonados por sua prática, insistindo em “ensinar as pessoas a serem águias e não apenas galinhas”, como lembra a metáfora freireana. O papel de cada um, portanto, não é apenas reconhecer a importância do professor, mas agir para que ele seja valorizado, respeitado e tenha condições reais de cumprir sua tarefa.
Educar é plantar sementes que muitas vezes só florescem no futuro. Mas, para que esse futuro seja fértil, precisamos unir esforços hoje. O papel de cada um é lutar, cada dia, para que a educação seja prioridade, não discurso vazio.
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