Rubem Alves dizia: “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.” Essa metáfora revela duas formas distintas de compreender a educação. Enquanto algumas escolas aprisionam, impondo limites e formando alunos apenas para a repetição e obediência, outras abrem horizontes, despertam sonhos e encorajam o voo. A pergunta que fica é: qual deve ser o papel da escola hoje?
Vivemos em uma sociedade que exige cada vez mais criatividade, autonomia e capacidade crítica. Nesse contexto, a escola não pode ser uma gaiola que molda os estudantes apenas para se encaixarem no sistema. Pelo contrário, precisa ser espaço de liberdade, de diálogo e de construção coletiva do conhecimento. Como afirma o autor: “O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” Assim, o papel da escola é justamente criar condições para que cada aluno descubra suas potencialidades e encontre coragem para exercê-las.
Mais do que transmitir conteúdos, a escola deve ajudar a formar cidadãos capazes de pensar, questionar e transformar a realidade em que vivem. Deve ser lugar de encontros humanos, de afetos, de escuta e de respeito às diferenças. Rubem Alves nos lembra que “a essência dos pássaros é o voo”, e, portanto, a essência do estudante é aprender, criar e crescer. Cabe à escola não sufocar essa essência, mas ampliá-la.
Hoje, mais do que nunca, a escola precisa ser asas. Precisa ser um espaço onde o conhecimento não aprisiona, mas liberta; onde o aluno não é um receptor passivo, mas protagonista do seu próprio caminho. O papel da escola é preparar para a vida em sua totalidade — e não apenas para provas e notas —, dando a cada um a coragem necessária para voar.
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