terça-feira, 16 de setembro de 2008

क्रिस?

Os governos recentes foram ficando cada vez mais tecnocráticos a partir da ditadura. Os economistas, mesmo os da sociedade civil descontente, ficam buscando um 'modelo', quando a situação social e a crise internacional não permitem 'modelos', mas sim requerem opções e políticas claras a favor do povo. A pergunta obsessiva é: como enfrentar a crise internacional? O Governo declara não saber o que fazer enquanto uma parte das elites progressistas que o acompanha, cada vez mais cansada de sua fatuidade, percebe que o 'modelo' está fazendo água em todo o mundo e parece optar pela visão de Keynes de que "qualquer coisa é preferível ao que os relatórios financeiros chamam de 'melhor opinião de Wall Street'". Em nossa opinião a atual crise internacional só pode ser enfrentada resistindo, negociando com seriedade, pondo os vastos recursos produtivos e a poupança forçada dos trabalhadores - que estão sendo desperdiçados ou esterilizados - a favor de projetos que gerem emprego, modernizem as infraestruturas básicas e garantam a universalização dos direitos sociais. Esta é a matriz básica a partir da qual devem desdobrar-se todos os projetos concretos.
A Oposição tem um projeto nacional afirmativo claramente identificado com os interesses do povo brasileiro. Quaisquer que sejam as turbulências que nos atinjam, temos condições objetivas de levá-lo adiante, desde que se atue com determinação, utilizando os recursos primordialmente para melhorar a situação dos de baixo. O Brasil é um país continental, tem potencialidades de desenvolvimento, tem condições objetivas que independem do capital especulativo, que independem da globalização. Tem condições de dar alimentação, vestuário, calçado, escola e um mínimo de saúde e seguridade social à sua população. Embora possa levar algum tempo, existem condições objetivas de converter o país numa nação, como o fizeram, aliás, vários países no mundo, nas crises internacionais anteriores e nas situações mais diversas de desenvolvimento e organização social da produção e sistema político.
Não creio que com a extensão e profundidade da atual crise as elites de poder tenham condições de, uma vez mais, 'fugir para frente'. Agora a superação da crise, no front interno, supõe mudanças efetivas na alocação dos recursos e reformas distintas das apregoadas pela ordem neoliberal, que só fazem ampliar o fosso da dependência e da apartação social e econômica. Não podemos mais delegar os destinos do país às tradicionais elites nacionais ou internacionais. Desta vez, o Povo tem que fazer a Nação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar de meu blog...