domingo, 28 de setembro de 2008

A Derrota da Criatividade (Crônica)

Estava folheando de forma displicente quando me deparei com uma reportagem que dizia do gargalo criativo onde o Brasil está estacionado devido ao “gargalo” burocrático onde, literalmente, estacionam a criatividade de nossos cientistas (ou inventores).
É triste saber que temos pesquisadores altamente capazes e criativos, mas que somos apenas o 21º país no ranking da criatividade, principalmente por causa dos entraves burocráticos do órgão que faz o registro das criações no Brasil.
De repente fico assustado, os lampejos criativos que tenho constantemente podem ser usurpados por algum engraçadinho antes mesmo que eu possa patenteá-los.
Com média de 7,2 anos para registrar uma criação no Brasil é praticamente impossível competirmos com outros países, é melhor criar aqui e patentear fora, só assim não se corre o risco de perder o seu invento.
Até bem pouco tempo atrás demorava-se para registrar um filho no Brasil bem mais que isso, quando o cidadão ia registrar o filho dava até para pensar em um novo nome. Agora acontece o mesmo com as patentes, dá para recriar a invenção com outro nome e fazê-la novamente antes que se consegui seu registro.
Estamos em disparidade com os países mais desenvolvidos, assim como estamos em disparidade com os africanos no futebol sub-20. Com os países desenvolvidos porque eles registram os produtos primeiro e assim podem nos roubar algumas criações. Com os países africanos porque registram suas crianças anos depois e, desta forma, um jovem com idade biológica de 25 ou 28 anos vai aparecer nos registros com 18 ou 19 anos.
Acho melhor me mudar para o Paraguai, lá pelo menos todo mundo rouba a invenção de todo mundo, tudo é falsificado e não corro o risco de perder nada, pois nada tenho.

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