segunda-feira, 29 de setembro de 2008

EUA sob ameaça de mais furacões (Crônica)

Mergulhei em meus pensamentos e de repente me vi de volta ao passado, mais precisamente a cerca de um ano atrás. Ao ligar o aparelho de TV fiquei como, acredito, milhões de pessoas no mundo todo ao ver o horror das enchentes em Nova Orleans (EUA).
Parecia reprise de filme de suspense ou terror, primeiro a tempestade passa pela miséria da América Central, depois vai bater à porta do primeiro mundo, mostrando que, no fundo, somos todos iguais. Até na inércia do governo frente à calamidade para a mesma.
Mas nesse momento há uma diferença básica em relação ao ano anterior, o processo eleitoral americano deixará, sem dúvida, a máquina governamental mais dócil, mais sensível a desgraça que assolará aquela região.
O temporal de agora também não é o mesmo do ano passado – não dá para dizer se é melhor ou pior – mas suas conseqüências já são sentidas e se refletirão por muito tempo. Nós que supostamente estamos livres de tamanhas tragédias vimos no noticiário que uma brasileira está desaparecida devido à passagem de outra tempestade por Porto Rico, culpa da natureza e da estabilidade econômica que propicia aos irmãos brasileiros a facilidade de poder viajar para outros países.
A destruição provocada por estas tempestades causam prejuízos de bilhões de dólares e danos que levarão meses, talvez anos para serem refeitos. Mas o prejuízo maior está nas dezenas de vidas humanas que se perdem, na dignidade perdida, no desgaste psicológico e emocional que o tempo, implacável, fará da realidade lembranças amargas que nos acompanharão (a todos nós) para sempre.

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